28. Quem transa as sete da manhã??

1K 82 6
                                    

O almoço tinha sido um desastre completo em seu processo de preparação. Deixei Zac e Kim me ajudando na cozinha, enquanto Lara e Natálie colocavam a mesa. Foi bem lento preparar tudo, mas no final deu certo.

Eu ainda não sabia o que fazer com toda aquela farinha, e tive muito trabalho para matar os peixes e limpar eles. Tudo ficou pronto beirando às cinco da tarde, e todos já estavam quase morrendo de fome. Inclusive eu. Fome me deixava de mal humor e foi difícil não sair xingando todo mundo.

Tive que ouvir o dia todo que eu estava com falta de sexo. Quase quebrei um prato na cabeça deles.

Depois que Zac e Nat foram lavar a louça, eu fui para o meu quarto. Eu estava começando a ficar sem paciência para aguentar um dia inteiro com eles. Os meninos agiam cada vez mais como adolescentes, e os outros... bem, eles eram adolescentes.

Foi durante o banho que eu comecei a me questionar quando foi que fiquei tão... careta. Afinal de contas eu era poucos anos mais velho que eles, por que agia como se fosse muito? Foi durante essa reflexão que eu notei, que apesar da idade, minha mente sem dúvidas era mais madura que a deles, e por isso eu não tinha paciência para as coisas que eles faziam. A culpa disso, provavelmente, foi o colégio militar. Eu não pude aproveitar minha adolescência como eles.

Me joguei na cama com isso na cabeça, frustrado. Respirei fundo e encarei o teto. Por que eu não podia simplesmente me divertir como os outros, ao invés de sempre me estressar?

­— Zabdiel?

Houve uma batida na porta, e um feixe de luz entrou no quarto quando Lara abriu a porta, colocando apenas o rosto para dentro.

— Posso entrar?

Virei na cama, ficando de frente para ela. Dei um sorriso fraco, mesmo sabendo que no escuro ela não veria.

— Claro.

Após entrar ela fechou o trinco, e eu ouvi o barulho da chave girando na maçaneta. Levantei um braço quando ela chegou a cama, fazendo o lençol subir. Lara entrou em baixo dele e encolheu o corpo em minha direção.

Eu estava sem blusa, e sua mão era gelada contra minha barriga.

— Deu tudo certo no final — falou, passando os dedos por meu rosto.

— Menos a parte que o Zac engasgou com o espinho.

— Menos a parte que o Zac engasgou com o espinho — repetiu, rindo. — Mas de resto, tudo certo.

— Sim.

Ficamos em silêncio, e ela começou a beijar meu ombro. Pequenos e discretos beijos.

— Posso dormir aqui?

— Já escovou os dentes?

Ela jogou a cabeça para trás e riu.

— Sim, eu escovei.

— Então pode.

— Obrigada. — Beijou meu queixo como agradecimento.

Ela se virou na cama, ficando de costas para mim. Segurei em sua cintura e puxei seu corpo contra o meu, e ela encaixou sua cintura na minha, enquanto entrelaçava seus pés nos meus. Passei um braço por baixo dela, e ela se acomodou em meu peito.

Respirei fundo e fechei os olhos, colocando o rosto na curva do seu pescoço.

Minha mão continuava em sua cintura, a acariciando. Sua blusa levantou e meus dedos desceram até sua barriga, que se contraiu com meu toque. Soltei uma risadinha contra seu pescoço e apertei sua barriga. Ela riu e se encolheu, segurando minha mão para eu parar de aperta-lá.

Byron BayOnde histórias criam vida. Descubra agora