15. Explicações.

891 84 11
                                    

03 DE JUNHO

VINTE E QUATRO HORAS.

FUCKING VINTE E QUATRO HORAS!

VINTE E QUATRO HORAS PORRA!

Esse foi o tempo que levamos para chegar a Byron Bay.

VINTE E QUATRO HORAS.

Eu já não aguentava mais olhar para a cara deles. Queria ir logo para o mar e afogar todo mundo.

Estávamos tão cansados que dormiu todo mundo na sala mesmo, após chegamos na casa que ficaríamos. As malas ficaram jogadas em um canto, e como tinham três sofás na sala, nos dividimos neles. Zac e Natálie juntos, Lara e Barbara, e eu com a Kimberly. Foi a coisa mais doida do mundo, ninguém nem viu direito com quem tava dormindo. Eu mesmo achei que a Kim era o Zac.

Nós realmente não tínhamos forças para nada.

Acordamos não sei quantas horas depois, todo mundo morrendo de dor no corpo.

Zac caiu do sofá, e quando eu fui tentar entender o que tava acontecendo cai também.

— Puta que pariu! — gritei, me debatendo. — Quem abriu a porta do inferno? — Tentei tirar as blusas que usava, ao notar o quão calor fazia.

As meninas já estavam sem blusa, e o Zac também.

— Alguém abre a janela pelo amor de Deus — implorou Lara, se arrastando até uma.

O que estava acontecendo?

Demorou um pouco para as coisas se estabilizarem.

A questão era que a casa estava toda fechada, e não entrava nenhum ar. E o sol brilhava forte lá fora. Muito forte. Estava muito quente.

Nos dividimos pelos três andares da casa, abrindo ela e checando se estava tudo bem. Por sorte, o caseiro já tinha deixado as coisas prontas para a gente. Nos reunimos na sala para recolher informações, e descobrimos que:

A casa tinha três andares realmente. Um no nível da rua, que era onde estávamos, com a sala, copa, cozinha, dois banheiros e três quartos. Outro andar ficava acima de nós, e tinha cinco quartos e mais nada. Abaixo tinha o último nível, com dois quartos e diversas salas, entre uma de jogos, academia, sala de estar, sala de cinema...

O local era gigante, com vista para o mar. A cozinha, a porta da sala e um dos quartos do andar do meio compartilhavam a mesma varanda, que era de madeira. Uma escada descia até o andar abaixo, e tinha uma área ainda maior, com uma piscina. Outra escada descia, e levava até a areia. Metros a frente estava o oceano.

Meu Deus... Que exagero.

A tarefa do dia foi desfazer as malas, e elas não eram poucas.

Os cinco ficaram nos quartos lá em cima, e eu fiquei no de baixo, que compartilhava a varanda com a cozinha e tinha vista para a praia.

Nosso dia foi basicamente isso. Jantamos pizza, e logo todos já foram dormir.


No outro dia acordamos praticamente na hora do almoço, e como ninguém tinha ânimo para cozinhar, fomos comer fora.

— Pra que essa bolsa? — perguntou Barbara, prendendo o cabelo loiro em um coque.

— São minhas armas. Preciso ir na delegacia pegar a licença delas.

— Você saiu do país com uma bolsa de armas? — Zac me olhou chocado. — Como ninguém te parou? Eu não vi ninguém te parando.

Byron BayOnde histórias criam vida. Descubra agora