3.6| Trigésimo Sexto

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— De jeito nenhum! — Afirmou Jung Hoseok ao ouvir aquela ideia maluca.

— Eu pensei que você fosse contra toda essa crueldade! — Jimin protestou.

Os rapazes haviam trazido o soldado Jung para o dormitório do Park, já que se tratava de um lugar mais reservado onde poderiam discutir aqueles detalhes secretamente.

— Eu sou! — Hoseok cruzou os braços e soltou o ar dos pulmões — Mas essa idéia é maluca! Simplesmente! Não serei o estrategista de vocês, e com certeza não irei entrar nessa idéia suicida. Jimin... — O Jung agarrou a gola do uniforme do Park e encarou seus olhos — Você sabe o que eles fazem com traidores, não sabe?

— Sei — Respondeu, abaixando seu olhar com nervosismo.

Jungkook juntou suas sobrancelhas, confuso.

— O que fazem com os traidores? — Perguntou.

Hoseok se soltou das roupas de Jimin e antes de seus olhos encontrarem os do Jeon, ele observou cada soldado dentro daquele dormitório. Gimoto se encontrava sentado na beliche, Namjoon mantinha seu corpo apoiado na parede e Taehyung se mantinha concentrado na discussão.

– Eles desconsideram... Para sempre. Tiram seu nome de qualquer lista já existente no quartel, lista de chamadas da escola, carteira de trabalho, qualquer pedaço de papel em que seu nomes esteja. Você desaparece da história. O país te larga sem nome, um ninguém, nem mesmo certidão de nascimento.

— Isso se nos pegarem — Jimjn se prontificou, voltando seus olhos até o estrategista — Eles não vão descobrir.

— Como você pode ter tanta certeza?! — Questionou Hoseok — Esses caras estão com os olhos sobre nós todas as 24 horas do dia! Isso é um absurdo, Jimin. Além disso, olhe pra gente! Somos um bando insignificante no meio do quartel todo!

— Então prefere deixar o resto morrendo?! — Gimoto se levantou da cama, sem paciência — Prefere ficar aqui, fazendo o que eles te mandam? Acorda, idiota! Vão lançar bombas, ouviu? Bombas. Tem gente morrendo por todo o lugar e agora, existe uma mínima chance de que possamos diminuir esse número de mortes!

Hoseok rageu os dentes, estava visivelmente dividido. E não era à toa, aquilo nunca se mostrou uma decisão fácil para nenhum deles.

— Eu... Eu posso pensar sobre isso — Seus lábios tremiam — Mas ainda acho que estamos em pouquíssimo número. Além disso, como vamos ajudar os soldados da base dos Estados Unidos se somos inimigos deles? Ninguém irá nos ouvir.

— Ele tem razão — Namjoon assentiu intrigado — Como iremos nos infiltrar se não tivermos ajuda do outro lado?

— Mas aí sim iremos nos jogar no suicídio — Taehyung concluiu — São nossos inimigos, vamos ajudá-los, mas não dá pra confiar.

— Somos rebeldes aqui — Jungkook observou — Também deve ter alguns lá.

— Ainda assim é muito arriscado. Não contaremos nem para alguns amigos aqui, quem dirá os americanos...

— Tudo bem, tudo bem... Sem ajuda dos Estados Unidos. Mas como iremos avisá-los, sem que seja algo muito escandaloso?

Namjoon passou os dedos sobre os lábios úmidos puxando uma linha tênue de raciocínio em sua mente. Seria possível se...

— Por cartas! — O Kim abriu suas mãos, tendo encontrado a solução.

— Como é? — Hoseok juntou as sobrancelhas — Como saberemos os códigos certos da base americana?

— Não é difícil, eu aprendi enquanto infiltrado que, cada estado tem um código específico para a comunicação militar de cartas. E não é difícil manter o sigilo.

Blast Heart [ji.kook]Onde histórias criam vida. Descubra agora