LIAR - (AU!ziam) EM HIATOS

Capítulo Dez

Oi, oi! Quem é vivo sempre aparece!

E não, isso não é uma miragem ou uma alucinação. Liar is back biiiiiiitch!!!!!!!

→ Esse capítulo é dedicado a Rai porque ela é uma linda que está fazendo aniversário amanhã. Parabéns meu amor e espero que goste do presente! 

Liga o chuveiro e sente a água quente caindo sobre o seu corpo, suspira de olhos fechados enquanto a água relaxa os seus músculos tensos. Passa a mão sobre os cabelos molhados varrendo-os para fora de sua testa e deixando com que a água escorra por seu rosto. Lá fora estava chovendo forte e era o clima perfeito para ficar na cama o dia inteiro aproveitando os confortos dos cobertores. Mesmo em sua escola antiga era difícil os alunos irem as aulas quando estava chovendo tão forte como agora, mas Zayn não conseguia aproveitar o clima e nem mesmo o conforto da cama de Zac, estava tenso demais para isso. Sem contar a inquietação.

Tinha dormido mal à noite. Depois de conversar com Yaser estava em dúvida se Carter poderia ser o assassino ou se realmente Zac o tinha assustado o suficiente para mandá-lo para o Japão com uma passagem somente de ida. Também estava pensativo sobre o diário, o código de Cesar não parecia ser a única combinação que escondia as informações sigilosas do mesmo, não fazia sentido Carter estar na ultima página do diário se o acontecimento foi há meses.

Zac deveria estar escondendo algo grande para ter todo esse cuidado meticuloso e ele precisava descobrir o que era e o por que. Mas sabia que estava longe de descobrir tudo isso, o sentimento de incapacidade começava a dominá-lo completamente. E sentindo-se estúpido por não estar nem perto de desvendar o mistério da morte de seu gêmeo resolve dormir e descansar um pouco antes de continuar a ler o diário, no fundo ele sabia que não poderia deixar o sentimento de incompetência tomar conta de si e que precisava estar descansado e focado para se concentrar no diário.

Apesar das inseguranças que começavam a aparecer com mais frequência, tinha consciência de que era uma pessoa esperta, mas, juntamente com o bullying que sofreu no colégio e o abandono que teve logo no inicio da vida, tinha tendência a não confiar em si mesmo, não confiar em suas habilidades e se inferiorizar.

E, quando se deitou para dormir e encarou o teto da cama dorsel, teve a total certeza de que mesmo que tentasse e se esforçasse o máximo nunca seria tão hábil como Zac.

Durante a noite teve um sonho bizarro, ele estava em um carro em uma estrada de terra, no começo ficou confuso, não reconhecia o lugar e nunca tinha estado ali. Encarou as suas mãos segurando o volante de couro com firmeza, não sabia por que os segurava com tanta força e porque se sentia tão nervoso. Olhou para frente e pelo vidro do carro, ao longe, a sua miopia não parecia ser um problema agora, estava Harry.

A cena parecia ser um déjà vu, parecia já ter visto aquilo em algum lugar, então ele ouviu o barulho inconfundível de um trem, com os olhos arregalados tirou os olhos da figura de Harry que permanecia imóvel do outro lado da estrada e olhou para a janela do carro, o trem estava vindo a todo vapor em sua direção. Soltando fumaça e apitando.

Então se deu conta de que estava na linha de um trem, não uma linha qualquer, estava revivendo o que leu no diário. Girou a cabeça rapidamente para olhar o banco de trás, mas, estranhamente, não conseguia ver o rosto da pessoa sentada no banco. Estava desfocada como uma fotografia borrada.

O trem se aproximava e o barulho ficava cada vez mais alto, assustador, apertou os dedos no volante com tanta força que sentiu os mesmos doerem. Ao contrario de Zac ele não sabia o que fazer e não conseguiria guiar o carro para fora da linha do trem e evitar um acidente terrível.

- O que está fazendo? – Uma voz desconhecida disse do banco de trás. Virou a cabeça rapidamente e encarou o seu reflexo, mas não havia nenhum espelho ali ou era alguma bizarrice onde estava olhando para si mesmo. Seus olhos encaravam outros olhos âmbares, ele estava encarando o seu irmão gêmeo. Era Zac quem estava no banco de trás com ele. – O que você está fazendo?