LIAR - (AU!ziam) EM HIATOS

Capítulo Cinco

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A brisa gélida sopra contra o seu corpo fazendo com que se encolha mais sobre as cobertas. Não se lembrava de ter aberto a porta na noite anterior, estava frio demais quando chegou. Sentia-se constipado e com o corpo molenga, o vírus parece ter adivinhado a sua situação atual antes de atacar mais duramente. Seria horrível trabalhar o dia inteiro com esses sintomas, já não era o melhor carregador do mundo, gripado faria menos da metade do que era capaz e ainda receberia uma bronca humilhante na frente dos outros funcionários.

Tinha muitas coisas para fazer, começando pelo diário, precisava procurar pelo quarto novamente, não que tivesse muitas esperanças sobre isso. Um diário cheio de segredos obscuros e perigosos é um prato cheio para qualquer pessoa, seja o assassino ou não. Portando o diário a pessoa teria poder suficiente para diversas coisas, porém ainda tinha a vantagem dele estar escrito em códigos como Louis falara. Zac era tão inteligente que Zayn se pergunta como ele se deixou pegar, o assassino deveria ter uma inteligência ainda mais superior.

Exceto pela brisa, estava muito confortável, ansiando por ficar daquele jeito o dia todo. Mas uma batida na porta interrompeu o seu sono, grogue, resmungou alguma coisa antes de virar para o outro lado e puxar mais as cobertas. A batida soou novamente, dessa vez mais alta.

- O que foi? - Diz, com a voz rouca de sono. O chá de Trisha tinha feito muito bem para a sua garganta.

A porta se abre e o mordomo entra andando lentamente de modo cauteloso. - Me desculpe Sr. Zac, mas gostaria de saber se o senhor vai descer para tomar café.

- Uh. - Resmunga rolando na cama. Abre os olhos preguiçosamente antes de encarar o homem de terno segurando os dedos cobertos por luvas impecavelmente brancas de modo nervoso. - Que horas são?

- Nove e dezessete, senhor. - Diz com precisão, mesmo sem checar nenhum horário.

Zayn arregala os olhos sentindo todo o resquício de sono esvair de seu corpo doente. Ele havia perdido o horário de inicio de aula, ainda poderia entrar na próxima aula, mas realmente não queria. Iria ficar em casa e aproveitar para procurar pelo diário ou qualquer outra pista.

O mordomo continua parado na mesma posição esperando uma resposta do outro. Aguardando o começo de alguma altercação por ter sido acordado, tanto ser quanto não ser seriam gatilhos para uma discussão que todos gostariam de evitar. Mas Trisha havia pedido para ele checar como o outro estava caso ele não acordasse.

- Eu vou querer sim, obrigado. - Responde, sentando-se na cama. O homem assente antes de murmurar que estará pronto em alguns minutos e sair rapidamente.

Joga as cobertas para o lado antes de levantar da cama, sentindo a brisa muito mais gelada. Anda até a porta e a fecha com o cenho franzido, o que estava pensando quando a abriu? Ou quem quer que tivesse feito essa insanidade. Decidido a não dar importância sobre isso vai para o banheiro tomar um bom banho quente antes de descer para tomar café da manhã.

Estava usando as suas próprias roupas que tinham sido lavadas e colocadas no closet, se sentia muito mais confortável assim. Durante o banho pensou em lugares onde o diário poderia estar e que não procurou, então resolveu tirar os livros das prateleiras e olhar um por um, checar os andares que não se aventurou até agora como o escritório de Yaser e o quarto dos pais de Zac. Fica mais fácil quando sabe o que exatamente procurar e não ficar procurando algo aleatoriamente que não faz ideia do que é e do quão importante pode ser.

Pode ter passado por alguma pista e não fazer ideia do que se tratava.

Desce quando a mesa já está sendo posta, várias opções de comidas doces e salgadas acompanhadas de suco, chá e café. Senta-se na mesa e começa a escolher algumas coisas para o seu prato, os bolos e as torradas foram as escolhas principais. Estava a espera de que mais alguém fosse se juntar a ele, tinha bastante comida para apenas uma pessoa.