Et viginti tres

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Booooom dia, florzinhxs desse lindo jardim holandês. Hoje quem está aqui é a iza maravilhosa (cof cof). Tenho três perguntinhas: Já se alimentaram hoje? Já beberam água? E já leram a fic mais maravilinda desse aplicativo? Para a última pergunta eu tenho a resposta: não leram não, mas vocês estão prestes a fazê-lo. Preparadxs?
Fiquem confortáveis, peguem a aguinha e se ajeitem no sofá/cama/cadeira, porque o capítulo está cheio de fofura, diversão (aposto que vocês darão muitas risadas, eu confesso que eu ri bastante durante o processo criativo, vocês não tem noção) e eu aposto que vocês soltarão inúmeros "awwwwns" no desenrolar desse capítulo, ele está maravilhoso, lindo e cheiroso. Enfim, comentem bastante, deixem o votinho lindo e vamos aproveitar essa maravilha que é Sign of the Times. Amamos vocês, coisas lindas. Enjoy!

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E já era natal. O período em que todos os bons sentimentos transbordam no coração das pessoas. O período certo para se comemorar a vida, espalhar o amor e semear esperança. O período extremamente propício a propagação do perdão. Pelo menos era o que Lauren escutava.

A Tournant não entendia a cabeça das pessoas. Ela não conseguia entender o motivo de usarem apenas o final do ano para espalhar mensagens como aquela. Não se alastra amor apenas em dezembro. Não se luta por vidas apenas em setembro. Não se alerta as mulheres sobre o perigo do câncer apenas em outubro, tão quanto aos homens em novembro. O mundo tá tão de cabeça para baixo que até quando tenta ajudar mete o pé pelas mãos.

Façam o bem o ano inteiro!

Estresse.

Lauren estava estressada. Na cozinha do seu apartamento, preparando as comidas para a ceia de mais tarde, praguejava mentalmente seus variados e tão aleatórios pensamentos. A verdade era que tudo estava irritando a Tournant. A movimentação de mais cedo no bistrô a deixara completamente saturada e cansada, e Lauren odiava sentir-se assim. Agora, preparando Pepernoten, tentava se concentrar não só na massa dos biscoitinhos, mas em analisar as circunstâncias.

Primeiro uma bicicleta. Nem se quisesse Lauren poderia negar que fora um gesto de tamanha delicadeza e sensibilidade. Não é todo mundo que pensa na necessidade do outro hoje em dia, muito menos enxerga os detalhes gritantes.

A segunda tentativa de Camila fora um tanto quanto exagerada. A arquiteta levou ao pé da letra o que a americana dissera sobre as coisas não terem seu cheiro e terminou por comprar um caminhão do seu perfume para presentear a Tournant.

A terceira vez foi quase, depois de ter descoberto sobre o Chef ídolo de Lauren, a arquiteta conseguiu comprar um dia com o homem, o levando para provar da comida da mesma no Bistrô das Flores. A americana quase desmaiou de felicidade, mas Camila ainda não havia entendido o recado.

Por fim, a quarta e última tentativa da mulher fora com um carro. Pensou que se Lauren não havia aceitado a bicicleta era porque precisava de algo um pouco mais evoluído. Americanos amavam carros, não amavam? Bem, era como Camila pensava. Desembolsou quase meio milhão de euros para presentear a Tournant com o Tesla mais caro da linha.

Depois de negar todos os presentes e tentar fazer Camila entender que o seu mundo não girava em torno do dinheiro e das coisas materiais, Lauren desistiu de esperar pelo acerto. Parecia que a arquiteta recuava três passos quando tentava avançar apenas um.

Lauren começou a achar que a arquiteta notara isso, pois era o quinto dia consecutivo sem tentativa alguma, o quinto dia consecutivo sem notícia nenhuma da mulher. Camila parecia ter desistido de tentar e isso estava assustando a Tournant. Não era para ela desistir. Ela não podia nem pensar naquilo.

― Merda! ― Praguejou em voz alta. ― Você não pode! Merda! ― Lauren largou a forma dos biscoitos com toda força e escorou-se no balcão. Respirou fundo algumas vezes de cabeça baixa, tentando afastar seu nervosismo, seu estresse.

Sign of the timesWhere stories live. Discover now