Capítulo 07

Depuis le début
                                    

- A Amanda também está atrasada. – Sam acrescenta, me fazendo revirar os olhos.

- Eu nem sei por que ela está indo com a gente, ela estragou a vida do David tanto quanto a Crystal. – rebato enfuriado, pois a lembrança do meu amigo quase morrendo afogado na banheira da minha casa por causa dela ainda está muito vívida na minha memória. Isso me faz pensar, porra, por que o David não consegue ter relacionamentos saudáveis com garotas que o amam de verdade em vez dessas loucas que literalmente expõem a sua vida ao limite? Ele merece muito melhor do que isso.

- Porque o David foi o único que ficou do meu lado quando todos me viraram as costas sendo que ele foi o mais prejudicado da história toda. Eu devo isso a ele. – ouço a voz da ruiva responder atrás de mim e me viro para vê-la. Eu mal consigo encará-la nos olhos ainda de tanta raiva que sinto.

- Nisso você tem razão. – concordo, mas nada feliz em fazê-lo. Na verdade, Amanda deve muito mais do que uma visita a ele, porém, no momento, infelizmente é tudo que todos nós podemos oferecer. – Cadê o idiota do Carter? Nós vamos acabar tendo que ir sem ele. – indago nervoso. Toda vez que vamos sair é a mesma coisa, ele sempre é o último a chegar e acaba atrasando todo mundo.

- Vocês nem se atrevam a fazer isso. – o atrasildo menciona, aparecendo no corredor. Finalmente!

- Ainda bem que nós vamos viajar de avião porque se fôssemos de carro eu mataria todos vocês antes de chegarmos ao destino. – murmuro, deixando transparecer todo o meu mau-humor. – Vamos embora. – chamo, colocando uma alça da minha mochila nas costas e arrastando a minha mala pelo quarto. Não vou me oferecer para carregar a mala de ninguém, não sou como David, o cavalheiro. Todos têm mãos e braços, eles que carreguem os seus.

Sou o primeiro a descer pelas escadas e atravesso os cômodos da casa da minha namorada, pois estou sem paciência para esses lerdos. Não me dou ao trabalho de me despedir dos Evans, os donos da casa, mas não é como se eles já não estivessem acostumados com os meus modos. Novamente, não sou como David, o educado.

Abro o porta-malas do meu carro e guardo a minha mala, deixando a porta aberta para poupar o tempo dos lerdos que estão vindo atrás. Sento no banco do motorista e procuro alguma coisa para ouvir no rádio enquanto meus amigos – e a ruiva – estão chegando. Deixo em "Angels" do Avenged Sevenfold.

Logo todos entram no carro e se ajeitam, então dou partida no carro em silêncio, prosseguindo pelo caminho enquanto eles tagarelam sem parar. Cada um tem uma forma diferente de lidar com a dor, tudo bem, mas isso ainda me incomoda.

Chegamos no aeroporto e eu guardo meu carro no pátio onde deixam os veículos para os donos buscarem na volta e despachamos nossas malas. Vamos em direção ao nosso setor de embarque quando sinto uma mão pegar na minha. É a da Courtney.

- Ei, vai ficar tudo bem. – ela diz numa tentativa de me confortar, entrelaçando o seu braço no meu.

- Você não tem como afirmar isso. – rebato, tentando não soar muito rude.

- Mas eu acredito, e você também deveria. – ela responde de forma doce. – O David é incrivelmente forte, mais do que ele mesmo acredita ser, ele vai sair dessa. – adoro seu otimismo, mas não consigo ser igual.

- Ele é muito forte, de fato. – concordo, abraçando a minha namorada de volta. – Com tudo que ele já passou na vida, ele ainda consegue ser a pessoa mais gentil e compassiva do mundo. Só uma pessoa muito forte como ele é capaz de sofrer o tanto que ele já sofreu e seu coração continuar intacto. – comento. Essa é uma das coisas que eu mais admiro nele e um dos motivos para eu querer ter me tornado seu amigo, pois eu pensava "queria ser como esse cara". Infelizmente não sou. – Eu não conseguiria. Sou fraco.

Crumble to Ashes | Phoenix Love #2Où les histoires vivent. Découvrez maintenant