Unidos pela vingança e pelo amor - Adaptação Ruggarol

Capítulo 12

Ruggero ao entrar na delegacia percebeu que todos os seus homens estavam mais agitados que o normal e quando um deles lhe comunicou que a equipe que ele mandou seguir James o tinha perdido de vista ficou furioso.

--- Qual a parte de não tirem o olho dele vocês não perceberam? - perguntou irritado e alguns policiais se encolheram, pois o olhar do delegado era de puro ódio.

--- Não precisa gritar com eles, pois essas coisas acontecem e James é esperto. - tentou acalmar os ânimos.

--- Quero reunir com os emprestáveis que deixaram aquele FDP escapar de nossa vigilância. - disse duro não ligando para o que Karol falou.

A morena sabia que ele ainda estava revoltado e magoado com ela por não ter contado sobre Matteo por isso não levou a mal o seu tom grosseiro. Assim como ele também queria apanhar James para puder ter uma vida tranquila e dedicar-se a seu filho e trabalho. Michael percebeu o clima estranho e quando Ruggero se afastou foi ter com a amiga.

--- Parece que as coisas entre vocês ainda não se resolveram.

--- Acho que ele me odeia por ter escondido tantas coisas dele. - disse triste

--- Ele com certeza está magoado, mas não te odeia isso dá para ver nos olhos dele. - Karol sorriu fraco - Hoje vou sair com Valu. - disse com um enorme sorriso.

--- Parece que alguém está caidinho por minha amiga. - ele não negou - Espero que vocês se acertem.

--- Acho que estou mesmo gostando dela e irei investir em uma possível relação. - piscou e Karol sorriu

Ruggero ao sair da sala de reuniões não gostou de ver os dois conversando por isso os colocou para trabalhar bem longe um do outro.

Carolina estava a brincar com o neto mais velho, Noah. Era seu dia de folga e queria passar um tempo com o garoto e Lina observava os dois com curiosidade. Ela queria saber se sua amiga era mesmo a mãe de Noah por isso quando o garoto adormeceu decidiu conversar com Carolina.

--- Será que a gente pode conversar Carolina? - perguntou sentando ao lado dela que sorriu de forma carinhosa

--- Claro que sim querida.

--- Possivelmente você irá achar que sou uma fofoqueira, mas eu gostaria de conversar sobre a mãe biológica de Noah. - Carolina a olhou espantada

--- Porque você quer falar sobre Julia? - estava a achar a conversa estranha

--- A verdade é que a mais de um ano conheci uma garota de quem fiquei muito amiga. O nome dela é Julia e os olhos são idênticos aos de Noah. Eu queria saber mais sobre sua nora para ver se existe a chance de minha amiga e ela serem a mesma pessoa. - aquilo sim pegou Carolina de surpresa

--- A mãe do Noah foi o grande amor de meu filho Nicolas. - sorriu lembrando-se dele - Julia era amiga de Karol e quando conheceu Nicolas os dois se apaixonaram. Eram um casal feliz e ela acabou engravidando cedo por isso casaram. Julia sempre foi muito apegada a Noah, mas depois que Nicolas morreu na prisão ela mudou e um dia chegou em minha casa entregando ele para Karol criar. Ela nos disse que precisava de um tempo, mas acabou por sumir no mundo e nunca mais dar notícias. Karol assumiu o papel de mãe na vida do sobrinho e ele a vê como tal. - estava emocionada

--- Escutando você falar de sua nora não imagino que ela seja minha amiga, mas sei que ela esconde coisas de mim. Julia não gosta de falar do passado. - estava confusa

--- Espera um pouco. - Carolina subiu até seu quarto e depois voltou com uma foto que entregou a Lina - Essa é a mãe de Noah, Julia Sevilla. - Lina arregalou os olhos ao ver que a mulher da foto era mesmo a Julia que conhecia

--- Céus é mesmo ela. - Carolina não sabia o que dizer - Como ela foi capaz de abandonar o filho?

--- Isso só ela sabe, mas eu acredito que ela um dia vai cair nela e procurar este pequeno. - acariciou o rosto do menino

--- Não conte com isso Carolina. - a mulher a olhou esperando que ela continuasse - Julia está casada com um dos sócios de Agustín, com Pasquale Dinuzzo. Ele sonha em ser pai, mas ela vive dizendo que não tem perfil para ser mãe por isso eles evitam falar de filhos para não discutir. A Julia que você falou que era apegada demais ao filho temo que não exista mais.

Carolina ficou sem saber o que falar, pois não esperava saber que Ju estava casada. Ela sempre pareceu amar tanto o seu filho e, no entanto, ele nem morto há dois anos estava e ela já casou com outro. Lina ao ver que ela ficou frágil depois daquele assunto abraçou a senhora por quem sentia um grande carinho e só se soltaram quando escutaram o choro do pequeno Matteo.

Karol estava a trabalhar na sua secretária quando um entregador de flores entrou na delegacia com um gigante boque de rosas vermelho a sua procura. As flores chamaram a atenção de todos e Ruggero e Michael ao verem que eram para Karol se aproximaram. A morena não tinha ideia de quem seriam por isso abriu o cartão e leu:

"Continuo esperando uma resposta positiva para meu pedido de casamento. Sempre estarei por perto amor.

James."

Karol ficou pálida e ao ver o olhar confuso de Ruggero sobre ela entregou-lhe o cartão que ele fez questão de amassar e jogar fora depois de ler.

--- Aquele maldito não desiste mesmo. - disse olhando as flores

--- Se ele não fosse um psicopata diria que ele sabe ser bem romântico. - Ruggero o olhou sério e Mike levantou as mãos em sinal de rendição - Só estou dizendo que as rosas são lindas.

--- Melhor irmos para casa, pois não temos condições para ficar aqui. Qualquer coisa nos liguem.

Os dois foram em silêncio para casa. Karol só pensava no que poderia acontecer quando James descobrisse que ela tinha um filho com Ruggero. Ele iria querer vingança e ela não estava preparada para perder as pessoas que amava.

Ruggero foi pensando no que poderia fazer para proteger sua família que agora incluía Karol e todos aqueles que ela amava, mas principalmente seu filho Matteo. Quando chegaram na mansão Ruggero correu para o filho pois queria ficar o máximo de tempo com ele e Antonella chamou Karol até o seu quarto.

--- Antes de começar quero me desculpar com você Antonella por não ter contado sobre Matteo antes. - Antonella bateu na cama para ela se sentar

--- No fundo eu te entendo querida. - Karol a olhou - Tenho certeza que você escondeu a verdade porque não queria que te taxassem de golpista.

--- Um dos motivos foi esse e o outro foi porque o Ruggero não se lembrava de nada do que aconteceu.

--- Quero agradecer por me dar meu primeiro neto. - sorriu - Você será a salvação de meu filho que depois que Candelária se foi deixou de viver.

--- Não acho que eu possa ajudar muito nisso já que ele não a esqueceu.

--- Sempre aprovei a relação de Ruggero e Candelária, mas no fundo também sabia que apesar deles gostarem muito um do outro ela não era a verdadeira mulher na vida de meu filho. Os dois quase não tinham nada em comum, mas como eram felizes nunca intervi.

--- Porque está me contando tudo isso? - estava curiosa

--- Porque desde o dia em que você conheceu Ruggero percebi como olhava para ele, com amor. Acredito que você vai fazer com que ele descubra que pode voltar a amar e se isso acontecer ficarei muito feliz por vocês. Nunca nenhum membro desta família te irá chamar de golpista, pois seus olhos refletem o amor que tem por meu Ruggero.

--- Pena que esse amor não é correspondido. - Antonella abraçou Karol e não falou mais nada, mas no fundo sabia que Ruggero tinha sim sentimentos por ela poderia ainda não os ter percebido e só esperava que quando ele percebesse não fosse tarde demais. Ruggero quando estava chateado e com ciúmes sabia machucar as pessoas muito bem e isso não seria bom para o futuro dos dois.

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