The First I Love You

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— Você sabe que os outros devem saber o que houve, certo? — Sehun comentou, desfazendo o abraço e encarando o garoto.

Jongdae fez que sim com a cabeça.

— Eu sei.

O mais velho respirou fundo, vendo o outro brincar com as pontinhas dos dedos no lençol.

— Vou conversar com os meninos agora no café da manhã. — disse ele, levando a mão até os fios loiros do menor. — Na hora do almoço eu pedirei para o Kyungsoo ir embora dormir e ficarei aqui com você. Trarei os ômegas comigo.

Jongdae inclinou a cabeça, em pedido mudo de carinho. O maior não excitou em afagar-lhe. Sabia que o menor estava consideravelmente mais manhoso por conta dos acontecimentos recentes.

— Não queria que o Minnie me visse assim. — resmungou.

Sehun compreendia aquilo. Sabia que o amigo queria poupar o seu ômega de vê-lo machucado daquela forma, mas ainda assim achava que deveria levá-lo para vê-lo.

— Mas, pense bem, Dae. Ele gosta de você, e vai ficar mais preocupado se não puder vir te ver.

O menor encarou o dançarino com os olhinhos brilhando por conta das lágrimas. Ele não queria que o namorado o visse daquela forma, mas ao mesmo tempo o queria pertinho de si.

— Tudo bem. Traga-os então, por favor.

Sehun não disse mais nada, apenas assentiu com a cabeça e continuou a fazer carinho nos fios do mais novo.

— Desculpa a demora. — Kyungsoo os interrompeu, entrando no quarto de repente, com uma feição preocupada e cansada. — Parece que todos os acompanhantes resolveram ir tomar café às cinco e meia da manhã.

O dançarino riu ao ver aquele ômega baixinho e fofinho todo irritadinho. Ele achava engraçado a personalidade de Kyungsoo. Ele agia como um alfa. Tinha a personalidade extremante forte, tinha o pulso firme, era autoritário, protetor, e nunca se deixava fraquejar. Mas, Sehun tinha ciência de que o mais velho era bem frágil por dentro, ele apenas tinha aquele escudo como uma forma de proteção, servia para não deixá-lo cair nunca. Passou anos observando o menor, sabia muito bem como ele era e agia. Oh tinha plena certeza de que Kyungsoo havia passado a noite em claro e havia chorado muito. Ele tinha  uma enorme proteção e amor de omma com Jongdae — assim como tinha com os outros, mas com o pequeno alfa era mais forte —, e vê-lo todo machucado daquela forma deveria ter deixado o menor louco. Se Sehun se sentiu horrível e chorou horrores por conta daquilo, então podia imaginar como os sentimentos do ômega ficaram.

— Ei, Soo hyung. — o estudante se aproximou do ômega e colocou as mãos sobre os seus ombros. — Sabe quando ele terá alta?

O empresário parou para pensar um pouco, tentando se lembrar de o médico havia dito alguma coisa sobre aquilo.

— Acho que ele terá que passar o final de semana aqui. — previu, pois não havia perguntado o doutor sobre isso mesmo.

— Então... eu estava pensando... — iniciou Sehun, vendo o ômega erguer a sobrancelha e olhar com afinco para si. — Será muito cansativo se você passar a noite inteira e o dia inteiro aqui.

— E o que você segure?

— Hoje já é quinta-feira, e eu sempre saio no horário do intervalo nas quintas e nas sextas. — pausou, olhando de relance para Jongdae que tinha o olhar curioso para cima do amigo.

— Quer parar de enrolar e ir chegar logo ao ponto, Sehun?

— Certo. — suspirou. — Você pode ficar com ele da sete da manhã até o meio-dia, aí eu quando eu chegar você vai embora e eu fico aqui até às oito da noite. E eu posso conversar com algum dos ômegas e pedir que fiquem com ele durante a noite.

Prision [Em Edição]Where stories live. Discover now