The First Contact

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Pouco tempo depois seus pais resolveram arranjar um casamento de contrato para Minseok. O garoto tinha apenas quinze anos de idade e estava sendo obrigado a se casar com um alfa com mais de trinta. Seus pais era completamente loucos, dariam o filho para um qualquer apenas por ambição. As coisas acabaram de uma forma completamente ruim quando o alfa tentara abusar sexualmente do pequeno — um pouco antes do casamento. Minseok já estava querendo correr daquele maldito casamento e isso o motivou cada vez mais, ele arranhara o alfa todinho e só conseguiu escapar do mesmo porque seu irmão ouvira seus gritos desesperados do porão da casa. Aquilo fora julgado de uma péssima forma por todos, achavam que era a obrigação do ômega se entregar para o futuro marido. Ao perceber que seus filhos eram "desgostos", Namoo e sua esposa os venderam para a casa de leilão de ômegas. Venderam por um preço barato com a condição de que levariam o alfa também. Sobreviveram naquele lugar apenas porque tinham ajuda de um amigo que fizeram por lá. Minho era o seu nome. O alfa sempre fornecia alimentos e cobertores escondido para ajudá-los, era uma pessoa de coração enorme e só trabalhava naquele lugar porque era apaixonado por um dos ômegas ofertados e queria tirá-lo dali o mais rápido possível. Conheceram Baekhyun e Luhan assim que chegaram no local, fizeram amizade imediatamente com ambos. Tao era mais distante, sempre ficava na dele e não parecia gostar nada do Byun.

Quem olhava para Minseok não imaginaria o ômega fragil e desperado que era. Desesperado por afeto, desesperado por alguém que o amasse, o carinhasse em seus momentos difíceis e que estivesse ao seu lado nesses momentos complicados. O rapaz queria um companheiro, um alfa, porém, todos que havia conhecido em sua vida eram escrotos — com exceção de seu irmão, é claro. Se você prestasse um pouco mais de atenção no pequeno ômega, perceberia que por trás de seus sorrisos gengivais que encantavam à todos, de seus olhinhos de gatinhos brilhantes e de sua expressão fofa, consegueria ver claramente a forma que ele clamava: "Estou quebrado, você pode me ouvir? Me ajude!" Era nítido aquilo transbordando de seus olhos.

Agora com Junmyeon era completamente diferente. Qualquer um poderia perceber o grito alto de ajuda que saia de dentro do ômega. Ele não implorava silenciosamente como o irmão do meio, ele deixava transparecer o quão necessitado de afeto era. Jongin achava incrível a maneira que o irmão havia se deixado tão próximo de Jongdae e Sehun em tão pouco tempo. Pensara que talvez seja o fato de ambos serem os únicos alfas que não o destratou em toda a sua vida por conta de seu problema, isso era bom em sua concepção, pareciam bons homens e apoiava cegamente a aproximação amorosa que Jongdae estava tendo com Minseok. Mesmo não estando o tempo todo por perto, sempre sabia de tudo o que acontecia com os ômegas, eles sempre confiaram bastante para contar de seus sentimentos e de tudo o que acontecia para o mais novo. Outra coisa que Jongin deseja era que Yixing também fosse um alfa bom, porque notara como o irmão mais velho falava dele e percebeu que magicamente os dois estavam ligados de alguma forma.

O alfa não se importava com ele naquele momento, contanto que seus dois ômegas estivessem feliz, ele também estaria. Mas não negava que se pegava pensando na forma em que beijara o ômega de olhos grandes. Por várias vezes ele se questionou o que acontecia com o seu lobo sempre que escutava o nome do pequeno. Se lembrava dos toques que trocaram enquanto Kyungsoo estava com a febre do cio, se lembra dele rebolando sobre o seu colo e da sensação de suas pequenas mãos deslizando de uma forma desesperada por seu corpo e em como seus lábios se tocaram de uma forma deliciosa. Lembrou-se da forma em que correra desesperadamente com suas narinas capturando aquele cheiro envolvente e suas pupilas completamente diladas, seu lobo havia desejada aquele ômega como nunca deseja outro em toda a sua vida. E se sentia frustado ao perceber que o mesmo não trasmitia sentimentos nenhum. Do ainda era uma incógnita que o alfa não sabia se estava afim de desvendar.

Ele passava a maior parte dos seus dias desde que chegara ali sentado em um galho forte de uma árvore que havia mais aos fundos do jardim, ele podia ver todos que saiam lá fora, mas ninguém o via. E foi numa daquelas manhãs sentindo o vento batendo contra seu rosto e o canto mantinal dos passarinhos, que Jongin percebera que estava vivendo bem próximo do seu antigo lar, não apenas no mesmo bairro, mas quase na mesma rua.

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