Jongdae assentiu diversas vezes, ele pulou de cima do balcão e terminou de tomar o líquido de sua xícara.

Oh se lembrava perfeitamente que toda vez que estava triste ele tomava um pouco de chá-inglês, não era nada mais que chá comum, leite e um pouco de canela. Geralmente Kyungsoo que fazia essas coisas para ele, sempre cuidou dos dois como se fossem seus filhotes, mas parecia que o chá feito por Jongdae ficava mais gostoso — Do nunca podia ouvir o lúpus dizer isso —, mas era verdade.

O mais velho encostou suas costas contra a parede de porcelanato da cozinha, aquele local era mais gélido que o resto da casa, agradecia por ser lúpus e seu corpo ser geneticamente quente, se não estaria tremendo de frio, pois, só usava calças de moletom e uma regata. A chuva parecia deixar o clima mais frio ainda.

Ficou prestando atenção enquanto o alfa preparava a bebida. Sehun sentia que não era uma pessoa boa, queria ser melhor, mas não fazia ideia de como mudar.

— Aqui está.

Kim pôs a xícara de chá no balcão e depois se sentou. Sehun acabou sentando-se à sua frente após soltar um longo suspiro.

— Jongdae... — Sehun balbuciou, atraindo a atenção do alfa que lhe fitou no mesmo instante. — Você me odeia?

O mais novo estranhou aquela pergunta assim que ela saiu dos lábios do outro. Franziu o cenho e encarou Sehun intensamente.

— Claro que não. Que pergunta é essa? — Jongdae riu. — Eu amo você, Sehun hyung. Mesmo não tendo o mesmo sangue, somos irmãos. Não é mesmo?

Ele parecia tão sincero ao dizer aquilo, não havia nenhuma pontinha de ironia, e isso só aumentou a vontade que Sehun tinha de ser uma pessoa melhor.

Oh engoliu seco antes de achar uma resposta.

— Eu também amo você, Dae. Por mais que não pareça.

O sorriso do alfa menor apenas se alargou mais em seu rosto. Jongdae sorria tanto que pensou que seus lábios podiam rasgar, mas não pode conter.

— Eu sempre soube disso, Sehunnie, mas é bom te ouvir dizendo.

Sehun sorriu.

— Eu estava pensando... Podíamos fazer algo juntos amanhã. — sugeriu.

Kim o encarou surpreso. Só podia estar sonhando. O dançarino havia dito que o amava e ainda estava o chamando para sair. Isso era coisa da sua mente que ansiava por isso há anos, não tinha outra opção.

— Amanhã eu estava pensando em almoçar com os meninos no shopping, e depois comprar algumas roupas para eles. — comentou, controlando-se para não se jogar nos braços de Sehun e abraçá-lo apertado. — Fomos à pizzaria e eles não tinham praticamente nada para vestir, tive que pegar algumas roupas que o Kyung não usava.

— Posso ir com vocês?

— Pode, mas minhas aulas acabam mais cedo nas sextas.

— Já conclui essa primeira parte do semestre, posso sair mais cedo. — deu de ombros.

Jongdae engoliu seco ao ouvir aquilo, ainda tinha que contar para Kyungsoo que havia ficado de recuperação em matemática. Tinha se livrado de apanhar naquela noite, pois, o ômega havia chegado muito tarde e cansado do trabalho. Ele havia ido direto para o quarto tomar banho e dormir. Mas sabia que mais cedo ou mais tarde ele olharia as suas notas.

Realmente, Kim sabia que não tinha como escapar dos tapas e do castigo.

— Vou levar o Min, o Jun e o Luhan. Será que você podia nos levar no seu carro?

Prision [Em Edição]Where stories live. Discover now