3x02 - Jungle's law

316 52 228
                                    

Olarr. Quase um mês sem atualização, mas é porque tô com a vida corrida - e os estudos pro ENEM mais ainda, mas EU AMO ESSE CAPÍTULO E É ISSO!

Mas antes, quero dedicar ele a Vivi (wonvvootrash), que tá aniversariando amanhã, 09/09. Por conta de um compromisso, talvez não teria tempo de postar ele amanhã, então pra garantir, é presente adiantado!! sksksk. Obrigado pelo amor que você tem por DN, Vivi, sério!! E tudo de melhor pra você, bb <3 QUERO TODO MUNDO DANDO PARABÉNS A VIVI HEIN? u.u

Boa leitura sksksksk <3

-----

Um novo pesadelo acordou Zayn no meio da noite. Nele, Mads estava presa debaixo do piso de seu antigo quarto na casa de Alex. Gritos vinham do andar de baixo, havia um incêndio. O quarto estava cheio de fumaça. Ele tentava chegar à sobrinha, salvá-la, mas a mão dela ficava escorregando. Os olhos de Zayn ardiam e a fumaça estava lhe sufocando, e ele sabia que morreria se não corresse. Mas ela estava chorando e gritando para que ele a salvasse, a salvasse...

Zayn sentou, respirando fundo e repetiu o mantra de Nathalie em pensamento - O passado está morto, não existe o antes -, mas isso não o ajudou. Ele não conseguiu afastar a sensação da mãozinha de Mads molhada de suor escorregando da sua.

Zayn observou as pessoas em volta; o local estava lotado. Ginny estava espremida ao lado de Camila e Perrie. Seus olhos seguiram até a de Shawn, que dormia tranquilamente. Ele possuía uma barraca só para ele por enquanto. Era um pequeno gesto de cortesia dos Inválidos, dando-lhe tempo para se adaptar, como fizeram com Zayn quando ele fugiu para a Selva. É preciso um período para se acostumar com a sensação de proximidade e com os corpos esbarrando no seu, lembrou-se.

Zayn poderia ter juntado-se a Shawn. Sabia ele esperava isso, depois do que os dois compartilharam: o sequestro, o beijo. Ele o trouxera para os Inválidos, afinal. O salvou e o arrastou para aquela nova vida, de liberdade e sentimentos. Os curados diriam que os dois já estão infectados, pensou e sorriu sem humor.

Quem sabe talvez eles tenham razão. Talvez nossos sentimentos nos enlouqueçam. Talvez o amor seja mesmo uma doença e ficaríamos melhores sem ele, continuou pensando. Mas escolhemos um caminho diferente. E, no fim das contas, este é o motivo para fugirmos da cura: somos livres para escolher. Somos livres inclusive para escolher o que é errado.

Zayn suspirou, sabendo que não conseguiria voltar a dormir de imediato. Precisava de ar, concluiu, saindo do saco de dormir e cobertores, tentando não fazer barulho e interromper o sono dos outros. A noiva estava fria, constatou enquanto afastava-se do shopping e seguia pelos restos de fogueira, meros pedaços queimados de madeira preta. O céu estava claro e sem nuvens; a lua parecia mais próxima do que o habitual e tingia tudo de um brilho prateado, como uma camada fina de neve.

Zayn continuou andando, ponderando se devia voltar. Não sabia bem para onde ir e seria burrice afastar-se do acampamento; Nathalie havia alertado-o várias vezes sobre isso. À noite, a Selva pertence aos animais, e é fácil se perder em meio à vegetação, à confusão de árvores. E isso o fez parar e ficar de pé por um momento, aproveitando a sensação de serenidade e silêncio, observando novamente a lua.

O silêncio, porém, acabou minutos depois, quando ele ouviu um movimento atrás de si e virou-se de repente. Uma sombra se mexeu, ganhando corpo e por um segundo, o coração de Zayn parou. Não estava protegido; não tinha armas, nada para afastar qualquer animal faminto. Mas a sombra surgiu e ganhou a forma de um garoto.

— Ah — disse Liam. — É você.

São as primeiras palavras que ele me dirige em quatro dias, a dor atingiu Zayn. Há mil coisas que quero dizer a ele.

DELIRIA NERVOSA [• ziam] [✓]Where stories live. Discover now