E se...|Capítulo 34

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—Está parado—me sirvo de mais vodka—Não sei o que fazer cara. Estou, literalmente, em um beco sem saída.

—Tem que ter calma irmão, uma hora esse filha da puta cai.—ele vira o copo fazendo careta pela ardência da vodca pura—E sobre esse atentado que a demônia sofreu?

—Aquela mulher é espetacular. Ela acertou nos caras e segundo o delegado o carro usado na fuga foi abandonado logo em seguida, ela acertou o pneu também. Simplesmente, foda.

—Ihh... tá apaixonado. É por ela que você está de quatro, cabeça de pássarinho?

Não tive tempo de responder, a porta do meu apartamento destrancou e em puro alívio para meu coração Katrina surgiu. Ela antes de nos notar na sala, arranca seus saltos deixando-os próximo a porta.

—Posso saber o porquê não atendeu minhas ligações?—indago

—Oi meu amor, estou bem, obrigada. Meu dia foi puxado, mas estou bem. Ninguém tentou acertar uma bala em mim.—ela vem me dá um selinho na ponta dos pés e quando vai ao carrinho de bebida percebe meu amigo que assiste a cena estático.—Olá Carlos Eduardo, como vai?—Katrina passa por ele e se serve de uísque.

Meu amigo, chocado, faz uma série de sinais perguntando que porra é essa.

—Cadu, essa é a Katrina, minha namorada. Amor, esse é Cadu, meu melhor amigo de infância.

Cadu começa a tossir e eu gargalho. Katrina nos encara como se fôssemos de outro mundo, mas mostra indiferença.

—Já nos conhecemos.—Katrina diz após virar toda dose de uísque de vez.

—É Cadu me contou.—informo divertido

—Podemos mudar de assunto?—Cadu constrangido pergunta.

Katrina dá de ombros e eu sorrio do desespero do meu amigo em estar constrangido.

Pela primeira vez não estou ligando por ele ter entrado entre as pernas de Katrina. Seja lá o que foi, visivelmente, ela ignora ou nem lembra. Isso é satisfatório.

—Soube do acontecido. Se você quiser apoio, tenho uma boa equipe de seguranças.—Cadu oferece

—Também montei o meu, obrigada.—Katrina corta, visivelmente impaciente.

Ficamos conversando amenidades e bebendo, a fórmula perfeita para dispersar o clima de suspense que está entre nós, embora Kat, as vezes, parecia sair do ar. Conversámos sobre minha adolescência, Cadu sempre zombeteiro narrando os fatos, depois eu e ele nos juntamos para zoar com Katrina e seu modo cão ligado. Mulher durona. Contei o milagre que fiz para estar ao seu lado.

Parando para pensar, realmente, sou uma espécie de Deus. Não é prepotência minha, mas em análise fria e neutra é perceptível que eu transformei Katrina da água para o vinho. O melhor vinho da adega, diga-se de passagem. O grande furacão indomável de quase um ano atrás, hoje é quem acorda comigo todas as manhãs, é dona de meus pensamentos e preocupações.

Ela também me mudou.

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Treinada para não Amar_ Katrina[CONCLUÍDO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora