3 ♦ EU SOU O REI

5K 341 69
                                    


Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


O rei Raul VI acabara de ser coroado, logo após atingir a maioridade. Em seu primeiro decreto oficial, decidiu que puniria aqueles donos de barracas que não estavam obedecendo as imposições horárias da corte.

— Então... Júlio. Você vai ser o aviso aos outros barraquistas. — bebericou mais um pouco do seu vinho. — Quem sabe assim respeitam nossas ordens. — olhou para o carrasco. — Cortem a cabeça.

— Ouviu o rei. — Julio respondeu, com um sorrisinho sádico.

Raul VI então viu aquele carrasco assustador arrastar o machado em sua direção. Todos no salão real e no envolto do trono fizeram a mesma posição, olhando para frente com os braços juntos.

— Segundo o decreto real 1268, o rei Thomás I ordenou que cortassem a cabeça do rei sucessor e acabassem com a monarquia caso qualquer pena de morte fosse declarada por qualquer rei sucessor, não importando ser seu filho ou não. — eles repetiram, em uníssono.

— Papai não faria isso! — o rei bradou. — Roger, venha aqui!

O conselheiro obedeceu e parou na frente do rei.

— Sim, alteza?

— Esse decreto é real? E todos aqui sabem disso?

— Sim, majestade. Todos sempre souberam da vontade do rei.

— Isso é completamente absurdo! — levantou do trono. — Afaste-se de mim com esse machado. O que é isso, uma espécie de brincadeira?

— Não, majestade. — o pavoroso carrasco respondeu. — O decreto é irrevogável, o rei Thomás achava que se a monarquia fosse tirana, não deveria existir. Você aprendeu isso.

E entrou para história o dia em que o rei ordenou a própria morte.

250 contosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora