Impossible

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Eu me lembro de anos atrás
Alguém me disse que eu deveria ter
Cuidado quando se trata de amor, eu tive, eu tive
E você foi forte e eu não
Minha ilusão, meu erro
Eu fui descuidada, eu esqueci, eu esqueci

E agora, quando tudo está feito, não há nada a dizer
Você se foi e tão sem esforço
Você ganhou, você pode ir em frente, diga a eles

Diga a eles tudo o que eu sei agora
Grite isso de cima dos telhados
Escreva isso no horizonte
Tudo o que nós tínhamos se foi agora
Diga a eles que eu era feliz
E meu coração está partido
Todas as minhas cicatrizes estão abertas
Diga a eles o que eu esperava ser
Impossível, impossível
Impossível, impossível

Dois dias haviam se passado desde que quase fui morta por Dinah Jane e por seu olhar diabólico. Dois dias e eu ainda pensava na maneira como isso me atingiu. Eu nem conseguia trabalhar. Na verdade, já não produzia nem mesmo um terço do que produzia. Não estava nem aí para nada. Era mais interessante quando saia por ai fotografando sem rumo tudo o que eu via nas ruas. Casais apaixonados, tendo tudo aquilo que eu não tinha, era uma inveja boa. Perdia horas somente fotografando e fotografando. Era a minha segunda maior distração, a primeira era a companhia da minha mini eu. Minha filha era meu único momento de felicidade. Ainda assim, me sentia a pior pessoa do mundo por ter que vê-la indo embora, não sem antes me pedir para trazer ela e a mama de volta.

Isso me quebrava.

Por um momento me permiti voltar a pensar em Camila, sim eu tinha bloqueado qualquer pensamento sobre ela. Estava fazendo a mesma coisa que fiz quando me mudei para Londres. Simplesmente fingia que ela não existia. Mas quando me permitia doía muito mais, pois sentia muito a falta de Camila.

Por um momento, pensei em mandar todas as minhas desconfianças para longe, Camila me amava, tanto que se magoou por me ver com Cara. Mas eu não conseguia. Escutei batidas na porta. Eu quase caí para trás quando vi Vero entrar ali. Estava pronta para xinga-la, em nossa saudação, mas então ela fez sinal e deu espaço para que um homem de terno entrasse a seu lado. Ele estava impecável em seu terno, notei Vero da mesma forma. Franzi a testa.

- Veronica? - perguntei confusa.

- Lauren. - saudou. - Podemos conversar um pouco?

- Algum problema? – perguntei confusa.

- Só vamos nos sentar e já conversamos. – ela fechou a porta. Se acomodou na cadeira a minha frente e o homem que estava com ela fez o mesmo. Eu a olhei e ergui a sobrancelha – Lauren, este é Josh Hutcherson, nós representamos o mesmo escritório de advocacia. Somos na verdade sócios.

- Er... Um prazer conhecê-lo? – perguntei claramente confusa, olhando para o homem.

- O prazer é todo meu, senhora Jauregui. -, estendeu a mão e o cumprimentei.

- E posso perguntar o motivo de vocês dois estarem aqui? – disse me ajeitando na minha cadeira, estava visivelmente desconfortável.

- Josh vem representando a Camila. - Vero falou firme.

- Como? Como assim representando a Camila? - perguntei confusa.

Vi Veronica se mexer na sua cadeira, claramente desconfortável, antes de enfim me olhar, não consegui identificar o que estava acontecendo e o que ela estava sentindo, mas conhecia a minha amiga muito bem para saber que ela não estava ali como minha amiga, não era a Vero. Era Veronica Iglesias, a advogada.

The other side of the doorWhere stories live. Discover now