The other side of the door

Falling

Por que eu estou me sentindo tão culpada?
Por que eu estou segurando minha respiração?
Preocupada com todos, menos comigo
Eu simplesmente continuo me perdendo

Diga-me que não é nada
Tente me convencer
De que eu não estou me afogando
Oh, deixe-me lhe dizer, eu estou

Na manhã seguinte, levantei para trabalhar cedo. Fui para a empresa Jauregui, tinha conversado com Chris e chegamos a conclusão de que o ideal seria eu ter uma sala ali. Mas foi somente quando me vi sentada na minha "nova" sala, no momento que analisava um documento que algo me ocorreu... Eu não pertencia a este lugar. Sabia que eu era muito boa no que fazia, até mesmo gostava de administrar, dar ordens, mas apenas gostar não me garantia plena satisfação.

Estava na hora. Eu precisava decidir o que queria para a minha vida. Fazer aquilo que sempre sonhei. Eu amava fotografar e Deus, fazia tanto tempo que não o fazia. Preciso voltar a fazer isso. Estava decidido, voltaria a fotografar. Deixaria a empresa aos poucos e seguiria minha própria carreira. Queria um estúdio, pois teria um.

Após trabalhar o dia todo, tinha alguns planos em mente. Talvez uma maratona de animação que incluía pizza e chocolate para as minhas meninas. Pensando nisso, primeiro passei em um supermercado, depois em uma pizzaria. Já estava pensando em quais filmes da Disney assistiriamos, mesmo não sendo fã estava animada oara passar tempo com as minhas meninas. Ótima maneira de relaxar, após um dia cansativo.

Mas nem tudo sai do jeito que imaginamos.

No instante que pus meus pés no apartamento, minha cara de choque provavelmente deve ter feito cessar toda a risadaria, não, isso é pouco, toda a gritaria. Minha sala estava parecendo um hospício, estava tão cheia e com tanta bagunça que ninguém ali havia me notado. Ainda chocada eu olhava de boca aberta a cena. Veronica e Lucy esparramadas em um sofá riam de Dinah, que estava em pé no meu tapete e parecia fazer graça. No chão ao lado dela estavam Normani e Taylor, com Bryan e Rosie, elas pareciam entretidas com as crianças.

- Mommy! – o grito alegre de Lana me despertou, consequentemente chamou a atenção de todas para mim.

- Olha quem chegou! – comemorou Lucy.

- Até que fim vadia. Eu pensei que ia ter que ir atrás de você. Não tem que fingir que é uma mulher de família para nós! – Vero falou saltando do sofá.

- Mommy o que é vadia? - perguntou minha filha.

- Vero! – briguei e olhei a minha pequena a minha frente. Beijei a sua testa. – Não fale essa palavra, amor. A mommy já falou que princesas não falam isso.

- A tia Vero não é uma princesa. - franziu a testa.

- Não, não é. - confirmei.

- Você é adorável como mãe, Laur... – escutei Taylor.

- Vejam só... Trouxe mimos... – Dinah se aproximou e tomou de mim o pote de sorvete. – É de morango, meu preferido! – antes que eu pudesse conter Vero se aproximou.

- Pizza! Eu te amo vad... Laur... – corrigiu sorrindo amarelo e tomando as pizzas da minha mão.

- O que diabos está acontecendo aqui? – perguntei irritada, pois estava vendo minha noite em família, tranquila me dando tchau.

- Ei meninas, adivinha... – uma voz vinda da cozinha começou e quando a dona surgiu minha boca se abriu em surpresa. – Lauren?

- Sofia? – perguntei olhando incrédula para a cópia de Camila mais nova. A Cabello mais jovem sorriu animada, no instante seguinte correu e se jogou em mim, exatamente como fazia quando era menor, o problema é que agora ela tinha quase a minha altura e era bem pesada. Precisei dar um passo para trás quando seu corpo colidiu com o meu. – Céus você está enorme!