I Almost Do

23.5K 955 96
                                    

Considerações importantes, eu já postei a fanfic no Spirit, ela está terminada por lá. Decidi respostar aqui, corrigindo algumas coisas e revisando. Postarei todos os dias e, as vezes, mais de um capítulo, vai depender de quantos eu revisar e corrigir por dia. Espero que gostem, tenham uma ótima leitura! Beijos!

Nós fizemos uma grande bagunça, amor
Provavelmente é melhor desse jeito
E eu confesso, amor
Que em meus sonhos você está tocando o meu rosto
E me perguntando se eu gostaria de tentar de novo com você
E eu quase aceito

             Honestamente, eu odeio trânsito. Na verdade, odeio tudo que envolve esperar. Completamente sem paciência me vi suspirando pelo que parecia ser a milésima vez, desde que  tinha andado com o carro por alguns centímetros, há meia hora. Eu estava irritada e desejava mais do que tudo um cigarro, um copo de uísque ou os dois. Essas eram as únicas coisas capaz de me acalmar. Ou sexo, mas considerando as condições, obter um dos três era praticamente impossível.

            O cigarro não muito, mas se considerar que tinha prometido me manter longe dele o quanto conseguisse, logo após presenciar uma crise de choro da minha irmã grávida e cheia de hormônios de gravidez. Ela surtou quando descobriu que eu fumava em média duas carteiras... Por dia. Ok, sabia que era muito, mas o que poderia fazer se eu simplesmente amava fumar? Era uma das três coisas que me acalmava, oras. Eu  prometi que iria diminuir e considerando os motivos pelos quais estava em meu carro, num trânsito infernal em Londres, vale destacar,  honestamente não poderia gastar meus cigarros, não quando estava prestes a fazer o que tinha prometido jamais fazer. E advinha? Por minha irmã. O que diabos ela tinha feito para conseguir arrancar tudo que queria, eu não sei, mas era fato que Taytay conseguia tudo que me pedia. Sorri com o apelido carinhoso da minha irmãzinha, minha bebê. E pensar que ela estava prestes a dar a luz a nova geração dos Jauregui. Justo a minha irmã mais nova, salvação da família, segundo Dona Clara, minha mãe, já que nem eu e nem Chris tínhamos quaisquer intensão em dar seguimento a próxima geração dos J.

            De qualquer forma, aquele era o acontecimento do ano para a minha família. E fui intimada por Taylor a está presente, já mencionei que ela consegue de mim tudo o que queria? Enfim, lá estava eu. Prestes a embarcar de quatro para mais um dos desejos da minha irmã, sentindo uma leve e incomoda sensação, que só me deixava mais agitada, que ia tomar lá. Sim, lá mesmo. Talvez fosse porque aquele lugar me trouxesse lembranças das quais não fazia a menor questão de lembrar. Mas que, inutilmente, não conseguia esquecer, fazendo com que cada segundo dos meus malditos dias precisasse de uma das três coisas que me acalmava. Respirei fundo. Droga.
            Estava indo para embarcar rumo a minha cidade natal. O lugar que jurei nunca mais pisar. O lugar que me trás lembranças dolorosas e me faz recordar como os últimos anos da minha vida tinham sido um inferno.
Completamente sem paciência estiquei a mão e apertei o botão do rádio. Esperei até que uma música aleatória tocasse. Depois de um tempo franzi a testa. Encarei o rádio e parei para prestar atenção na letra da música.

Eu aposto que a esta hora da noite você ainda está acordado
Eu aposto que você está cansado por uma longa e difícil semana
Eu aposto que você está sentado em sua cadeira, na janela, olhando para fora, pela cidade
E eu aposto que às vezes você pensa em mim
 
E eu só quero te dizer
É muito difícil para mim não te ligar
E eu queria poder correr para você
E eu espero que você saiba que
Toda vez que eu não ligo
Eu quase ligo, eu quase ligo
 
Eu aposto que você pensa que eu segui em frente ou que te odeio
Porque cada vez que você tenta, não há resposta
Eu aposto que você nunca, jamais pensou que eu não posso te dizer olá
E arriscar outro adeus

The other side of the doorWhere stories live. Discover now