Cinquenta e oito

240 14 11
                                    

SEMPRE ME SURPREENDIA ao ver a capacidade da Fairy Tail de organizar um evento. E a rapidez com que o faziam era ainda mais chocante. Há poucas horas estava me formando ali e, agora, o lugar estava todo decorado elegantemente. Mesas com tecidos brancos sobre elas estavam organizadas em todo o local, com exceção do centro, aonde um grande e espaçoso círculo podia ser visto. A luz estava baixa, atraindo a atenção inteiramente para os castiçais com a forma do símbolo da escola em cima das mesas.

— Uau, eles capricharam com a decoração — Levy elogiou, ao meu lado.

A azulada trajava um vestido preto curto, que terminava acima dos seus joelhos. O caimento nos ombros dela faziam com que parecesse uma boneca, e o cabelo estava lindamente trabalhado graças a Câncer — após muita dedicação por minha parte e de Levy, papai deixou-nos ir até a mansão Dragneel para nos aprontarmos.

Gajeel, à sua esquerda, trajando um terno mais escuro que a noite, concordou.

— Geralmente não venho nos eventos da escola, mas admito que a decoração me pegou de surpresa.

— Você não presta atenção nas decorações — Natsu, que estava de braços dados comigo, replicou. — Quando vai em um evento, você procura um lugar livre e senta, só levantando na hora de ir embora!

— Por que fica reparando em mim? Você é gay? Tem uma queda por mim, por acaso? — moreno perguntou meio irritado.

— Ora, seu... — o rosado enervou-se.

— Certo, meninos. Sem briga — ordenei. — Hoje devemos nos divertir, e não discutir!

— Diga isso para esse tapado — Gajeel apontou para o Natsu com a cabeça.

— Chega, Gajeel! — exclamou Levy. — Lu-chan está certa. Nada de desentendimentos e violência hoje!

Pensava que Gajeel iria murmurar um "tsc" ou algo do gênero, entretanto fui pega de surpresa com sua palavras:

— Desculpe.

— Ela pôs uma coleira no Gajeel! — Natsu praticamente berrou, atraindo algumas atenções para nós.

Eu que devia colocar uma em você! — ralhei, puxando-o para longe do casal de amigos envergonhada.

— Ouch! Ouch! Isso dói, Lucy! — reclamou o Dragneel.

— Olhe em volta, Natsu — pedi, sendo prontamente obedecida. — O que vê?

— Pessoas — respondeu obviamente.

— Certo — meneei a cabeça, concordando. — E o que elas estão fazendo?

— Várias coisas? — a replica veio em forma de pergunta por causa da dúvida que estava estampada em seu rosto.

— ... Também — admiti. — Mas a principal coisa que eles estão fazendo aqui é se divertir. Será que poderíamos fazer o mesmo? Temos somente um tempo limitado para ficarmos assim... — implorei.

Avaliou meu rosto, seu rosto ficando impassível. Sem saber o que estava pensando, ficava difícil saber o próximo movimento de Natsu.

— Sinto muito — beijou-me calidamente. — É só que ando tão parado e... normal — riu —, que sinto um pouco de saudade de ter uma boa briga.

— Tudo bem — desculpei. Ajeitei a saia do meu vestido azul escuro liso, que possuía alguns detalhes que pareciam estrelas e sorri para ele. — O que deveríamos fazer primeiro?

— Dançar — respondeu prontamente, puxando-me para o círculo no centro do local.

— Natsu, não tem música! E ninguém está dançando ainda! — exclamei.

Meu Estranho MafiosoWhere stories live. Discover now