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POV: 3ª Pessoa

FLASHBACK ON:

Março de 2012

As mãos da garota de longos cabelos negros e olhos verdes tremiam a todo instante e não era para menos, em segundos ficara frente a frente com seu maior trauma: o ex-namorado Peter Vallenks, o ex-namorado que por anos lhe agrediu, traumatizou e por muito tempo mostrou para ela que o mau pode estar associado a um familiar.

A garota tinha noção que visitar um homem preso por violência doméstica ela foi a vítima quase fatal dele era um erro, mas Hanna no ápice da loucura de querer provar para si própria que tem culhões para enfrentá-lo passou por cima da própria sanidade e sem falar com ninguém foi até o presidio central de Londres.

Seu atual namorado não fazia ideia de que ela estava cometendo essa loucura e Ben jamais saberá disso se depender dela, porque conhecendo o atual companheiro, Hanna sabe que o rapaz vai surtar e com toda razão. Ela se identificou na portaria informando que visitaria o detento Peter Vallenks e ao dizer percebeu os olhares confusos dos agentes penitenciários, mas não fez perguntas, porque essa será a primeira e única visita ao marginal.

Com os cabelos soltos, batom vermelho, unhas pintadas de um marrom escuro conjuntamente a um olhar fatal, Hanna fora introduzida para a sala de visitas e quando a porta se abriu ambos ficaram cara a cara, mas Peter, estava surpreso demais com isso e por alguns minutos ficou apenas encarando a garota embasbacado com a beleza e mudança, afinal, até onde lembrava sua ex era uma temente a Deus com roupas nenhum pouco chamativas, sensuais, seus cabelos eram loiros e ela não usava batom vermelho.

— Hanna? — Peter perguntou chocado demais para acreditar.

— É sou eu. — A garota respondeu rude e desatenciosa. — Soube que na cadeia alguns homens se tornam mulheres, devo confessar, estou torcendo para que você tenha se tornado um desses, seu porco miserável.

— Bom, já que está aqui, espero que tenha deixado comida para eu comer e que seja de boa qualidade, estou cansado e enjoando de comidas ruins que servem por aqui. — Peter a encarou nos olhos. — Quando eu sair daqui você não vai usar esses batons e muito menos essas roupas de vagabunda, está me entendendo?

— Eu não tenho medo de você, não mais. — Hanna rebateu convicta do que estava dizendo. — Estou aqui apenas para ver a sua derrota, eu queria ver com os meus próprios olhos a sua ruína, você é nojento, cretino, e eu agradeço todos os dias o que o Benício fez contigo, é uma pena que ele não te matou Peter.

— Sua desgraçada! — Peter gritou tentando se soltar das algemas. — Então, é verdade, aquele policial que me sabotou e ousou me interrogar no dia seguinte se tornou seu macho? — Peter chutava as coisas por debaixo da mesa em total descontrole. — Eu vou matá-lo na sua frente, eu juro Hanna, eu vou matar aquele homem e vou dar o sangue para você tomar.

— Você não me intimida Peter, tenta entrar no meu caminho e eu juro que te dou uma surra com facão. — Hanna sorriu de um jeito assustador. — O Ben é um homem ótimo, perfeito. — Hanna estava o provocando com excelência, pois sabia que Peter criou dentro de si que se ele a deixasse a garota não teria coragem de se envolver com outro homem. — Sabe por incentivo dele eu aprendi a lutar boxe, defesa pessoal, também aprendi a atirar e vou confessar que minha mira é excelente. Ah, não menos importante, eu me formei em direito, tudo isso enquanto você apodrecia aqui dentro.

— Então resolveu vir até aqui para me humilhar e tentar provar que está por cima da carne seca? — O homem cuspia de raiva. — Eu vou te amarrar e te comer tanto quando sair desse lugar que você voltara a usar maquiagens para cobrir os hematomas sua putinha de esquina.

Amores, Mentiras & Segredos.Where stories live. Discover now