Cena descartada 1 (Serena vê Nate aos beijos com Mayena)

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Eu não posso cobrá-lo por estar com outra pessoa, mas sabe qual é o sentimento quando se percebe que facilmente foi substituída? Dor

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Eu não posso cobrá-lo por estar com outra pessoa, mas sabe qual é o sentimento quando se percebe que facilmente foi substituída? Dor.

Uma dor profunda, aguda, dilacerante acaba de me invadir enquanto o pai do meu filho está do outro lado dessa rua, por dentro das grades do enorme e equipado portão, aos beijos com a garota que ele me jurou de pé juntos que não sentia nada, ou que mesmo que nós terminássemos, ela jamais seria uma opção de relação. E olha agora? Eu estou do lado de fora, precisamente na calçada à frente, sentindo o frio macabro de Nova Iorque congelar as partes do meu corpo, em especial o meu coração.

Eu tentei jogar nossas coisas no lixo, tentei, mas não consegui, e aquela maldita briga na virada do ano me machucou muito mais do que eu esperava.

Retiro o aparelho celular do bolso e escrevo uma mensagem, mas no meio do SMS apago e repentinamente vou caminhando sem rumo pelas ruas. Não quero voltar para a casa por agora, os últimos dias foram cheios, e também não há ninguém para desabafar, e isso é morbidamente pior do que eu imaginei um dia.

Com o término, Nate levou também os nossos amigos, pois eu não fiz muita questão de cultivá-los, até pela forma como começamos.

Meus pés caminham por cerca de vinte minutos até parar numa lanchonete. Eu entro e peço um chocolate quente e um pedaço de bolo. Em outra circunstância, eu pediria um vinho ou qualquer bebida alcoólica que me fizesse esquecer até meu nome, mas o feto em meu ventre avisa que leite, chocolate e bolo são definitivamente mais saudáveis para ele e para mim.

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