32.

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POV: 

3ª Pessoa

FLASHBACK ON:

Upper East Side

setembro

2017

Queria de fato que a filha fosse fruto da antiga relação, contudo o destino e suas próprias escolhas a colocaram na enrascada de engravidar de um advogado porta de cadeia e muito mau-caráter. Talvez até mesmo Lucas fosse um pai descente também, mas não, teve de ser ingênua para cair no papo de Alejandro.

E dentre tantas coisas e acontecimentos se alguém lhe dissesse que seu ex-amor seria capaz de assumir a paternidade da pequena Lola apenas por estar apaixonado com certeza Hanna daria boas risadas, mas fato é que isso realmente aconteceu. Não soube lidar quando Ben quando viu a menina pela primeira vez, porque ele endoideceu e disse ser o pai e como cereja do bolo seu autocontrole esvaiu do corpo ao perceber uma Lola sorridente, os olhinhos brilhando e muita empolgação por ter um papai lhe pedia uma explicação, confirmação de que era verdade.

Enquanto a filha a olhava em euforia e grandes expectativas Hanna e suas íris verdes encarava o rapaz deixando claro que estava perdida, totalmente confusa sobre o motivo daquela fala repentina. E aí precisou berne contornar a situação levando a menina para dar uma volta ajudando o ex-casal a ter uma conversa estranha sobre como lidar com a criação de uma garotinha de quatro anos muito atentada.

— Sua intenção pode ser a melhor do mundo, mas não tem o direito de dizer para Lola que é o pai dela sem ser o pai dela. — Hanna tremia, estava em choque com o reencontro e com a audácia do ex-namorado.

— Estou tentando ajudá-la a cuidar dessa menina. — Benício a olhava sério demais, muito mais sério do que quando costumavam discutir a relação. — Admiro suas tentativas de suprir a falta de um pai para Lola. É muito admirável e lindo, mas sabemos que a garota sente falta disso e eu não estou pedindo que se case comigo, acredito que nem temos mais química o suficiente para algo assim, mas me responda, se considera ruim ao ponto de merecer uma filha sem pai? Tenho certeza de que, no fundo há um sentimento de mágoa aí dentro.

— Sinto falta e sinto por minha filha, contudo, isso não, é algo de sua alçada, não é sua obrigação ser o pai dela Benício, se o verdadeiro pai de Lola sequer fez questão disso, por qual motivo outro homem tem que assumir essa responsabilidade? E sabe a pior parte? É que agora ela vai ficar me atormentando com esse assunto e a culpa é total sua por chegar sem mais nem menos e dizer ser o "papai".

— E qual o motivo do medo? Se eu disse que sou o pai dela é porque pretendo me manter presente na vida dela, reforço, não precisamos nos casar, não precisamos ficar juntos, só me deixa dar para sua filha o afeto paterno necessário, quando me afasta estão punindo a Lola de uma maneira que não merece e repete o mesmo erro que fizeram contigo no passado, com a diferença que seus pais são ruins. — Ben a olhava com pesar. — Parou para analisar que vai repetir a negligência paterna novamente na sua família?

— Tudo bem. — Hanna engoliu seco. — Mas vamos com calma e naturalidade. — Hanna sorriu. — E por favor não mencione sobre nossa conversa para ninguém.

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POV:

3ª Pessoa

FLASHBACK ON:

Upper East Side

setembro

2017

— Por que mentiu? — Nate estava com as mãos entre os bolsos, seus olhos flutuavam entre decepção e raiva.

— Do que está falando? — A loura perguntou visivelmente perdida sobre qual era o assunto. — Eu não utilizo bola de cristal nem sou a gênio da lâmpada.

— Inicialmente quero deixar claro que a fonte é irrelevante, mas sei que nossa filha se perdeu no shopping e você omitiu isso e insatisfeita foi a um encontro com o Henrique às escondidas quando disse que estaria fazendo compras. — Nate segurava a própria raiva. — Às vezes se torna muito difícil confiar em você.

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