Capítulo 29

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A noite foi longa para Dulce, sua dor de cabeça aumentou e as dores no corpo estavam terríveis. E para completar estava sentindo um frio absurdo, e sua garganta parecia estar pegando fogo.

Um resfriado dos bravos havia a pegado em cheio. A febre estava alta, Ritinha, Henrique e Maite passaram quase a noite toda tentando abaixar a febre. Dulce não queria ir ao médico e nem dar trabalho para todo mundo, mas se sentia péssima. Depois de longas horas da madrugada, muitos analgésicos e chás feitos por Ritinha, a febre cedeu e ela conseguiu dormir por algum tempo tendo Maite ao seu lado para o que precisava.

O dia amanheceu logo e infelizmente o despertador tocou, era quarta-feira, ainda precisava trabalhar. Quando despertou Maite não estava mais ao seu lado. Com muito custo levantou e foi até o espelho de sua grande penteadeira. Estava com olheiras enormes, sua pele estava corada, e o desânimo estava estampado em seu rosto.

Sentou-se em frente ao grande espelho e desmontou. Não tinha ânimo nenhum, mas teria que ir ao trabalho. Tinha muita coisa para fazer, com o mal estar que sentiu no dia anterior acabou deixando coisas inacabadas. Mas estava sem a menor vontade de se arrumar, seu corpo todo doía e sua cama implorava para voltar.

- O que você está fazendo ai? — Maite entrou no quarto com um bandeja de café da manhã.

- Preciso trabalhar. — Respondeu com a voz rouca — Estou um bagaço.

- Você não pode ir trabalhar, o Christian disse que você precisa ficar de repouso. Contei a ele como você está se sentindo, ele vai prescrever uns remédio vou mandar alguém vir trazer. Agora deita e fique quieta. Você está proibida de sair de casa.

Obedeceu o que Maite disse, voltou para a cama, mas nem tocou na bandeja que estava ao seu lado. Além de todo o mal estar, ainda não tinha apetite. Porém não queria ficar na cama, iria ficar sozinha o dia todo mofando. Por Deus desde quando pensou que ficar na cama pudesse ser ruim? Alguma coisa estava mesmo acontecendo com Dulce.

A verdade é que ficar em casa, significa ficar a um longa distância da empresa. E ficar longe da empresa significava de seu adorado chefe. Ok, ela tinha que admitir, não estava lá muito a fim de passar um dia todinho longe de Christopher. O que era uma total loucura, Dulce detesta a empresa quanto mais longe dela melhor, porém desde que Christopher entrou de vez em sua vida, a empresa passou a ser um ponto de encontro dos dois e consequentemente passou a gostar disso.

- Você está bem princesinha? — Henrique entrou no quarto, já arrumado para o trabalho. — Fique descansando, Ritinha vai cuidar de você.

- Não deixei o senhor dormir direito não é vô? Já estou um pouco melhor. — Disse para tentar despreocupa-lo.

- Não se preocupe comigo. — Aproximou-se e deu-lhe um beijo na testa. — Ainda está um pouco quente, veja sua temperatura. E não se preocupe, o Christopher pode tomar conta de tudo.

Assentiu e voltou a se deitar, Maite logo veio com o termômetro e Henrique saiu para o trabalho. Christopher não precisava dela, iria dar graças a Deus por não ter sua presença. Acomodou-se melhor na cama com um beiço enorme, porque esses pensamentos a chateavam? Precisava parar de pensar e Christopher e principalmente, parar de achar que gostava dele.

- Ainda está com febre. Vou pedir para a Ritinha subir com os remédios. Também preciso trabalhar priminha, fica bem tá. Vou pedir para o Christian vir te ver, não acredito nessas coisas prescritas sem ver o paciente.

- Você não acredita é no Christian.

- Também. — Mandou beijos no ar e foi saindo. — Me liga, qualquer coisa.

A proposta.Where stories live. Discover now