Capítulo 21

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Quando a claridade estava invadindo o quarto Dulce acabou acordando, sentindo uma leve dor de cabeça e não reconhecendo o lugar que estava. Não tinha bebido tanto assim para não se lembrar o que acontecerá, e foi só olhar para o lado para se lembrar de tudo.

Christopher estava em um sono profundo com um dos braços em volta de Dulce e os dois estavam nus. Todas as lembranças da noite anterior caíram sobre a cabeça de Dulce. Tinham transado e dormido juntos. Por Deus, ela tinha ficado com Christopher!

Levantou-se devagar, evitando fazer barulho para não acordar Christopher. Não iria de maneira alguma esperar ele acordar, não saberia nem se portar em uma situação com essa. Como iria olhar para ele no trabalho? Ah meu Deus, porque foi se deixar levar por esse homem gostoso.

Não podia negar que a noite foi boa, muito boa, mas amanheceu e teria que enfrenta-lo a luz do dia. Vestiu suas roupas correndo de qualquer jeito, precisava ir embora rápido. Saiu sorrateira indo esperar o táxi lá em baixo. Estava envergonhada e sem saber como olharia para Christopher em poucas horas depois.

Foi para a casa de táxi chegando em pouco tempo. Eram seis horas da manhã, o dia estava amanhecendo. Abriu a porta devagar, não queria fazer barulho, todos deveriam estar dormindo ainda, talvez Ritinha estivesse acordada e não queria assusta-lá.

Mas quem tomou um susto de verdade foi Dulce, assim que fechou a porta devagar e virou-se para a sala de estar encontrou seu avô na escada com roupas de ginástica a encarando com o semblante também assustado.

- Dul? Onde você estava? - Perguntou preocupado. Sabia o quanto Dulce amava dormir e nunca acordaria a uma hora daquela na manhã.

- Eu? - Sentiu seu coração martelar no peito, o que diria a ele? Nunca poderia falar que estava na cama de Christopher, só de lembrar disso já ficava vermelha. - Caminhando, fui dar uma caminhada. - Disse a primeira desculpa que veio em sua cabeça.

- Caminhada a essa hora? Você dormiu fora? - Arqueou a sobrancelha desconfiando da atitude da neta.

Dulce tentou evitar a cara de pânico, mas foi impossível, estava escancarado em seu rosto sua culpa. Porque não entrou pelas portas dos fundos, estava tão atordoada com tudo que se esqueceu de que todas as manhãs seu avô saía para caminhar.

- Claro que não vovô. Eu... Er... Não dormi bem então decidi dar uma volta. - Deu um sorriso amarelo querendo sair logo daquela sala.

- Hm sei, tome um chá de Camomila, apesar de não dar mais para dormir muito. Deveria ter me procurado ou a Ritinha, velhos sempre tem chás bons para dormir. - Se aproximou de Dulce dando-lhe um beijo na testa.

- Deveria ter feito isso, mas acho que vou para o quarto da tempo de descansar mais um pouquinho.

Parecia que a mentirinha que contou tinha conseguido enguabelar seu avô. Subiu as escadas quase correndo não queria levantar mais suspeitas. Mas assim que se olhou no espelho percebeu que só sendo bobo para acreditar na desculpa que deu.

Estava horrível, o cabelo todo bagunçado a maquiagem borrada. Era óbvio que tinha dormido fora de casa, e quando se lembrava com quem não sabia o que sentir. Foi uma noite deliciosa, mas o que seria de sua amizade com Christopher e sua relação no trabalho? Não podia repetir noites como essa, era perigoso demais.

Christopher é um homem muito bonito, tem pegada e é delicioso em quatro paredes, mas a repetição desse ato pode trazer sérios problemas e o pior deles seria gostar efetivamente de Christopher. Ela não podia, de maneira alguma, nem uma amizade verdadeira poderia ter imagine um envolvimento. E era por isso que Dulce precisava esquecer essa noite.

A proposta.Where stories live. Discover now