Capítulo 27

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Após o expediente, o fogo ainda não tinha ido embora do corpo de Dulce e Christopher e por meio de sussurros combinaram de se encontrar do lado de fora e irem até a casa de Christopher. Estava tudo errado, era para guardarem o sentimento, esquecerem a loucura que poderia ser dar continuidade a essa historia. Mas decidiram se arriscar mais, era isso que queria. A adrenalina de saber que era errado, mas ao mesmo tempo o prazer de continuar fazendo. 

O tempo estava fechando e pingos de chuva já anunciavam a grande tempestade que se aproximava. Dulce não entendeu como Christopher poderia ser tão burro de parar o carro a quarteirões da empresa, quando eles tinham o próprio estacionamento. Os pingos estavam aumentando, e os relâmpagos iluminavam todo o céu escuro. 

- Vamos logo Christopher, não gosto de tempestade. — Estava a ponto de correr.

- Para com isso, esta calor, um pouquinho de chuva não faz mal a ninguém. — Retrucou. 

- Não vou tomar chuva! — Foi só dizer as palavras que o céu desabou em aguá. Dulce gritou buscando um lugar para se esconder, mas só havia arvores e carros na rua. 

Christopher, porém, permanecia parado com a cabeça voltada para cima, deixando a chuva cair sobre ele e molhar seu terno alinhado. Dulce olhava a cena com horror, como poderia estar calmo com o céu desabando sobre eles, sua roupa já estava ensopada e o céu não parava de se iluminar, dando ainda mais medo. 

- Christopher vamos logo. 

- Calma Dulce, sente isso, sente a chuva. Você já tomou banho de chuva? —   A puxou para perto. 

- Não, e nem quero. Vamos embora. 

- Então você também nunca beijou na chuva? — Ela revirou os olhos como resposta — foi o que imaginei. 

A puxou colando seus rostos, e no meio da tempestade, do transitar dos carros, dos enormes prédios que os engula, ele a beijou. Um beijo diferente de todos que já trocaram, não tinha somente desejo, tinha algo mais, algo que fez o coração de Dulce palpitar mais forte, seu estomago se contrair e se agarrar ainda mais a Christopher com medo de perder as forças nas pernas. 

Ele sentiu-se da mesma maneira, pela primeira vez na vida suas mãos tremeram ao tocar uma mulher. Seu coração bateu forte, e assim como Dulce sentiu o estomago se revirar. Já tinham ouvido falar muitas vezes sobre os sintomas da paixão, mas nunca haviam sentido. Era uma coisa totalmente nova, sensações desconhecidas. Christopher desejava sentir mais aquilo, segurou Dulce com toda a delicadeza do mundo e aprofundou os beijos. 

Ela enroscou os dedos das mãos nos cabelos molhados dele e se entregou totalmente, poderia sentir seu coração sendo aberto para Christopher Uckermann, enquanto sentia-se acolhida por seu coração. Era a paixão, estavam sentindo a paixão lhes acertar em cheio, estavam abrindo seus corações e deixando o outro entrar. 

Pela primeira vez na vida, sentiam paixão de verdade. 

Um forte trovão clareou e estremeceu a cidade acordado Dulce do lindo momento e a lembrando do quando sente medo de chuva.

- Tá legal, foi lindo. Podemos ir agora? Eu realmente não gosto muito de chuva. — Pediu ainda presa a Christopher.

- Tudo bem, vamos para a casa.

Por sorte Christopher sempre levava consigo umas toalhinhas para emergência. Colocaram no banco tentando molhar o menos possível do carro e seguiram para seu apartamento.

Assim que chegaram todo o fogo se acendeu novamente, foram direto para o banheiro eliminando as roupas molhadas pouco a pouco enquanto se perdiam em beijos quentes e deliciosos.

A proposta.Where stories live. Discover now