Capítulo 15

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O sábado amanheceu ensolarado e quente, ótimo dia para sair e curtir o sol. Era isso que Dulce queria, uma manhã cheia de compras e voltas do shopping. Nada melhor do que aproveitar um dia de calor fugindo dele em algum lugar com ar condicionado.

Mas tinha um problema, parecia que ninguém queria curtir um dia de compras. Maite deu sermão por horas, sobre como é errado ser tão consumista e esquecer das crianças que sofrem de fome na África. Dulce não esqueceu, ela sempre doa dinheiro para ongs que ajudam.

E Anahí decidiu abandona-la para curtir uma manhã de corrida na praia com Alfonso, só poderia estar louca para trocar um dia em lojas fantásticas provando e comprando roupas por uma corrida na areia. Suar nunca fez parte do vocabulário de Dulce.

Estava sem opções, as garotas do escritório não iria com ela, e ela não fazia questão de convidar. Seu avô também não iria, sua empregada não entende muito de roupas, as amigas socialites são chatas para andanças no shopping. Não havia uma única pessoa a quem pudesse pedir socorro.

Foi então que algo lhe ocorreu, tinha ainda uma pessoa. Uma pessoa que Dulce não se dava exatamente bem, mas aquela sem dúvidas seria a prova se ele queria mesmo ser seu amigo de verdade. Chamar Christopher para fazer compras nunca chegou nem perto de ser uma das opções de Dulce, mas agora ele poderia ser seu salvador.

Se Alfonso ia correr com Anahí, ele provavelmente estaria sozinho em casa assim como Dulce, iriam unir o útil ao agradável e Christopher passaria pela prova de fogo.

Discou para ele imediatamente e após alguns toques ele atendeu com uma voz sonolenta. Já se passavam de dez da manhã e o bonitinho ainda estava dormindo?

— Pode acordar bela adormecida, temos uma manhã cheia hoje. — Dulce cantarolou sem esconder a empolgação.

— Que? — Christopher demorou alguns segundos para reconhecer a voz, tinha pegado no sono ao tentar ler um livro no sofá. Que belo sábado. — O que você quer Dulce?

— Você. — Respondeu simplesmente. — Não do jeito que está pensando, preciso da sua companhia Christopher, vamos ao shopping?

Deveria ser alguma piadinha. As dez horas da manhã de um sábado Dulce Maria ligando e pedindo a companhia dele? Era brincadeira, com certeza.

— Nem ferrando Dulce, hoje é sábado não temos a obrigação de nos ver.

— Ué como assim? — Estranhou. — Pensei que você quisesse ser meu amigo fora da empresa também. Você quer a minha amizade não quer Christopher?

Ele havia se esquecido, é claro que queria a amizade dela, mas do que isso ele precisava da amizade dela. Não poderia dar descuidos assim.

— É claro que eu quero Dulce, mas não to a fim de ir a shopping.

— Mas você vai. Poxa eu to sozinha. — Disse com a voz manhosa. — Por favor Christopher, vamos comigo, vai ser legal.

— Desde quando comprar roupa é legal? Quero ser seu amigo, não seu personal style.

Não seria uma amizade fácil, pois nenhum dos dois mudavam de opinião fácil. Dulce não iria deixar para lá. Ela queria Christopher com ela no shopping, e não iria desistir até conseguir.

Por outro lado ele não estava com a menor vontade de ir, iria passar o dia em casa e talvez iria ao encontro de Marceli mais tarde. Mas ir ao shopping não.

— Você poderia ser, imagine que legal? Seria como brincar no shopping. Vamos Christopher, preciso de um amigo nesse momento. — choramingou.

— Dulce para, não vou, chama outra pessoa. — Dispensou.

A proposta.Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu