Capítulo 11

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Foram para o shopping até a loja de Anahí, Dulce quase fez uma limpa na loja da amiga provou tudo que tinha direito e levaria uma pilha de coisas.

— Você brigou com meu irmão? E a Dul vai jantar com o Christopher? Como vocês conseguem ter o dia tão animado assim e o meu ser tão chato? — Perguntou Anahí.

As garotas a bombardearam de informações sobre o dia. Maite implorou para Annie conversar com Christian e contrata-lá para o hospital, queria viver de perto a experiência de um lugar como aquela e quem sabe no futuro próximo começar a estudar enfermagem.

Sempre quis ajudar as pessoas e sendo professora de sociologia isso não acontecia muito, já que todos acreditavam que ela era só uma maconheira equivocada, mesmo sem nuca ter fumado (ou lembrado de ter fumado). Maite queria mais assim como Dulce, porém as diferenças entre as primas uma estava tentando descobrir algo novo enquanto a outro estava estagnada em um emprego que não queria.

Mas o choque maior foi a revelação de Dulce sobre o jantar. Essa aproximação dos dois era realmente estranha, e Anahí que sempre acompanhou a briga sem fundamentos de ambos achava esta relação uma loucura. Porque do dia para a noite resolveram se entender?

— Você acha que ele está tramando alguma? — Questionou Dulce tempos mais tarde na Praça de alimentação do shopping.

— Acho que ele gosta de você. — Confessou Anahí.

— Ele me odeia Annie.

Nunca esse pensamento passou por Dulce. Christophe Uckermann gostando de Dulce Maria era como desafiar a lei da gravidade, impossível. Ele poderia estar tramando alguma, mas nada tão exagerado a esse ponto. Dulce se sentiu diferente com a possibilidade, não que fosse algo bom, mas de alguma maneira seu coração se agitou.

— As vezes ele finge que te odeia. Que pena queria tanto pegar esse homem.— Lamentou Maite. — Mas eu deixo para você Dulcinha.

— Não vou pegar ninguém Maite. — Defendeu-se.

— Ata. — As amigas disseram em tom irônico rindo.

Essa ideia não tinha sentido, ficar com Christopher Uckermann estava fora das possibilidades de Dulce. Não perderia tempo pensando sobre esse assunto. Não perderia. Mas será que era esse o motivo do jantar? Christopher queria mais alguma coisa com ela?

Não alimentou essas dúvidas em voz alta, era melhor guardar isso para ela e tirar tudo a limpo hoje a noite. Mudaram de assunto e continuaram comendo batatinhas fritas e tomando milk-shak.

Fazia tempo que não passavam uma tarde como aquela, depois que começou a trabalhar nem sempre podia dar escapadas de horas para comer besteiras e jogar conversa fora.

A tarde estava agradável até Anahí observar uma cabeleira morena agarrada a um homem próximo a Praça. Ela tinha certeza que conhecia o homem e quando ele virou-se para o lado pode ver seu rosto. Alfonso Herrera ficando com mais uma garota. Anahí se sentindo ofendida mais uma vez olhando uma cena como aquela.

Não entendia o porquê tinha que nutrir sentimentos justamente por um dos caras mais mulherengos da cidade. Olhava a cena cheia de raiva, se pudesse ia lá agora mesmo e arrancava ele da mulher desconhecida. Mas de que valeria se perderia a amizade de uma das pessoas que mais confiava? Estava em um beco sem saída.

— O que foi Annie? — Dulce olhou para os lados tentando enxergar o que a amiga via.

— Nada. — Desviou o olhar. — O Poncho está ali.

As duas olharam para trás e o encontraram conversando com a mulher. Dulce desconfiava que Anahí não se sentia confortável quando Alfonso aparecia com uma garota nova, mas sempre que questionava a amiga ela se esquivava.

— Porque não vamos dar um oi para ele? — Sugeriu Maite.

— Ótima ideia. — Anahí olhava para as dois com um sorrisinho maligno nos lábios.

Foram ao encontro do casal com sorriso nos lábios e os milk-shak ainda nas mãos. Assim que Alfonso as viu, ficou sem graça sentia-se pego no flagra por Anahí e apesar de não terem nada, sabia que cada vez que ela o via com outra a chances de uma dia se declarar sentiam menores. Quem acreditaria em um homem que só ilude mulheres?

— Poncho. — Dulce foi a primeira que se aproximou. — Que bom te ver, amiga nova?

— Ah sim. Oi meninas. — Sorriu totalmente sem graça.— Essa é a Lu, amiga da academia.

— Como vai Lu? — Anahí se inclinou para cumprimenta-la e "acidentalmente" derrubou todo o resto de seu milk-shak na amiga de Alfonso.

—  Ai sua louca, minha roupa. — Olhou a blusinha que usava toda manchada de rosa e escorria por dentro de seu decote dando uma sensação estranha a moça.

— Desculpa querida, eu não vi, sou muito atrapalhada. — Deu seu melhor sorriso angelical e olhou para Alfonso.

— Acho melhor ir ao banheiro não? Acho que da para limpar. — Alfonso tentou ajudar.

— Acho melhor ir embora, porque não me disse que tinha namorada Poncho? — A garota levantou raivosa e saiu pisando fundo pelo shopping.

— Mas... Eu não tenho. — Já era tarde a menina havia sumido de suas vistas.

— É realmente você não tem! — Anahí sentou-se ao lado dele carrancuda.

— O que eu fiz? — Olhou para as meninas que deram de ombro.

Talvez devessem dar um ajudinha para Anahí enfim perceber o que suas atitudes significavam, gostava de Alfonso e a cada fora que dava em algumas das conquistas dele era um sinal disso.

Mas Dulce não tinha tempo para isso, iria focar em sua amizade com Christopher e nos benefícios que isso poderia lhe trazer. Foi para a casa um tempo mais tarde se arrumar.

Tomou um bom banho, escovou os cabelos e colocou um dos novos vestidos que comprou. Era florido e bem casual, usaria um colete jeans por cima e sandálias sem salto. Olhou-se no espelho, estava bonita, apresentável.

Não era um encontro. Precisava se lembrar disso, seria apenas um jantar de amigos, de uma tentativa de amizade. Não iria impressionar ninguém.

Quando o relógio bateu sete horas Dulce saiu de casa, Christopher havia lhe passado o endereço a poucos minutos e a onda de ansiedade começou lhe invadir.

Christopher passou o dia na correria, tinha muita coisa para averiguar e reuniões para participar durante a tarde, quase se esqueceu do jantar com Dulce. Conseguiu dispensar Alfonso de casa e preparou tudo para a chegada da esquentadinha.

Fez uma comida simples, sua mãe lhe ensinou a cozinhar, mas ainda assim não era nenhum mestre cuca. Olhava no relógio a cada instante, como poderia estar ansiosa para a chegada de uma garota como Dulce? Ela não lhe interessava como as outras mulheres, mas Christopher se sentia atraído por ela de uma maneira diferente das outras.

Tudo para a empresa. Lembrou-se o porquê de estar fazendo tudo isso. Era apenas um contrato, o pagamento de uma proposta. Não tinha que ficar nervoso.

Quando a campainha tocou quase caiu da cadeira, seu coração pulou assustado e precisou respirar fundo antes de atender.

—  Oi? — Abriu a porta e involuntariamente percorreu os olhos por todo o corpo de Dulce. Ela estava bonita, não poderia negar.

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