O restaurante que quase todos os funcionários almoçavam ficava a duas quadras da empresa. Dulce almoçava com a colega do financeiro, nas mesas no meio do salão, o restaurante estava bem cheio e a maioria das pessoas ali eram seus conhecidos.
Marceli quase não prestava atenção na comida ficava olhando atrás de Dulce, sorrindo e acenando.
— O que você tá fazendo? — Perguntou Dulce impaciente, cansada de ver a mulher desatenta ao almoço.
— O Christopher está sentado na outra mesa — sorriu — ele me chamou para sair hoje a noite.
Nem se deu o trabalho de olhar para trás tinha certeza que Christopher estava almoçando com seu avô, como sempre um puxa saco sem limite. E para completar não basta ser o netinho adorável, melhor funcionário, o homem ainda era lindo e fazia sucesso com as mulheres da empresa e de fora dela também.
— Ele é gay eu já te disse.
— Claro que não é, a Cecília e a Mary já saíram com ele.
— Com ele e toda a empresa. — Revirou os olhos, não gostava muito dessas meninas. — Ele é indeciso coitado.
— Ele é gato e vou sair com ele com todo o prazer. Imagine se nos dois acabarmos namorando... — Sorriu sonhadora.
— Nossa Marceli, você é pior que a Anahí!
Revirou os olhos novamente, Anahí era sua melhor amiga e sonhadora como Marceli. Conhecia muito bem o tipo de Christopher e detestava, ele era cafajeste todas sabiam, gostava de ficar com as meninas da empresa e depois as deixava como se não fosse nada. E sabia exatamente quais escolher, as que pensavam igual a ele. Era um completo babaca.
A cinco mesas dali estava Christopher e Henrique conversando como sempre os assuntos da empresa. Os dois se davam tão bem e Christopher o considerava um avô mesmo, um pai. Quase tudo que sabia devia a Henrique que lhe deu um voto de confiança a cinco anos atrás.
Christopher era um recém-formado em Administração perdido no mundo dos grandes, não sabia ao certo em qual área pretendia atuar e qualquer trabalho era bem-vindo. Foi então que apareceu Henrique e sua empresa até então desconhecida por Christopher.
Sarviñon Lta. uma indústria de produtos cosméticos facial, maquiagem no caso. Trabalham com linhas completas e a marca é espalhada pelo país. Era uma grande oportunidade para Christopher e naquele período precisava urgente de um emprego.
Agarrou a oportunidade com unhas e dentes e fez valer a pena, sempre curioso e atento ajudou a trazer muitas inovações tecnológicas para a empresa, além de acompanhar os números no mercado financeiro. Henrique viu o potencial do garoto e investiu pesado em Christopher, e acabou se tornando o braço direito da empresa, não há nada que ele não saiba ou não tente ajudar.
Porém Christopher não era a pessoa que ficaria com tudo, e Henrique não sabia preparar Dulce Maria como preparou Christopher.
— Alguma nova paquera? — Olhou para trás e encontrou Marceli e Dulce em algumas mesas a frente.
— Não, só estou dando oi a Marceli.
Olhou para trás novamente, Dulce estava de costas para os dois, não conseguia ver a expressão da neta.
— Dulce já terminou os relatórios? — Mirou Christopher que soltou uma risada baixa e negou com a cabeça, até parece que ela iria mesmo terminar algo no prazo.
— Não, o dia que isso acontecer o mundo acaba. — Riu
— Fale a verdade Chris, você acha que ela leva jeito com a empresa? Daria conta de tudo sozinha?
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A proposta.
FanfictionChristopher Uckermann era o braço direito e considerado o neto postiço de Henrique Saviñón, o que despertava uma terrível raiva em Dulce Maria a única neta e herdeira da Saviñón Ltda. que não tem o menor dom para os negócios, e está sempre se metend...