Forget about me

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Sol
  Sai do laboratório de química e fui atrás de Gabriel. 

  – Nossa Gabriel, porque você não sentou do meu lado na aula do senhor Oliveiras? - perguntei, entrando na frente do garoto.

  – Desculpa, mas, quem é você? 

Olha o senso de humor dele aparecendo. Isso só o deixava mais irresistível. Seu cabelo loiro caía sobre sua testa e a jaqueta de couro moldava seu corpo perfeitamente. E aquela boca... Meu Deus como eu queria beijar aquela boca de novo... 

  – Para de brincar Gabriel. Eu sei que é só charme pra me conquistar mas eu já tô afim de você. Fica tranquilo. - afirmei, sorrindo, para ver se ele parava com esses joguinhos bobos de uma vez. 

  – Quem é você garota? - ele franziu a testa até as sobrancelhas, naturalmente arqueadas, tocarem.

  – Que é isso Gabriel? Eu sei que você lembra de mim. O melhor beijo de sua vida. Ou melhor, o "sol" da sua vida. - articulei o trocadilho que ele disse no nosso encontro.  

  Meu estômago começou a embrulhar enquanto ele olhava confuso para meu rosto. Expus, por fim:

  – Qual é Gabriel, para de brincar. Por favor. Você está me assustando. - minha respiração começou a falhar durante aqueles segundos tensos. 

  – Ah, claro. A garota estranha que não me deixa em paz. - ele expirou e continuou – Olha cara, eu não lembro de você certo? Então, isso quer dizer que, seja lá o que tivemos, não teve a menor importância para mim. 

  – Mas você disse... você... - tentei falar qualquer coisa, mas eu estava em estado de choque e meu raciocínio se rompia, assim como minha respiração.

  — Não importa o que eu disse. Era só coisa do momento. Se eu não lembro de você, sabe, é porque você não foi capaz de me fazer lembrar. Olha, vou te dar um conselho: me deixa em paz e segue com a sua vida. É melhor pra todo mundo. 

Então ele passou por mim e foi embora, sem olhar pra trás. 

Fitei o corredor cheio de pessoas paralisada, até que Amanda se aproximou e perguntou, com a maior calma do mundo:

  – O que foi Sol? Está tudo bem? Você está pálida, com a boca roxa. Lembra de respirar vai. - ela balançou meus ombros, enfim percebendo que era serio, para me tirar do transe. 

  – Eu não sou capaz Amanda. Nunca fui. - e as lágrimas caíram dos meus olhos como cachoeiras. 

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PromisesWhere stories live. Discover now