Capítulo 43

1.6K 83 0
                                    


Pararam na hora e me olharam tudo na moita. A Karol mesmo foi a primeira a sair da sala e ir pra cozinha, aí os outros foram atrás dela. Arrumei as almofadas nos dois sofás e os DVDs e CDs no rack. Passou um tsunami por aqui?! Sentei no sofá, bem calma, e cruzei as pernas. Uns 5min depois, o Bruno saiu da cozinha, todo sonso, com o comboio de pivete se escondendo atrás dele.

— Bruno: Qual foi?

— Fernanda: Fiz uma pergunta ao entrar e tô esperando me responderem.

— Bruno: A gente tava brincando

— Fernanda: De que?

— P. Lucas: Quem conseguisse tocar a colher de pau nas costas do papai, ele ia rodar! — Disse sorrindo

— Fernanda: E por que não brincaram no quintal, onde é vazio? Vocês não estão vendo quantas coisas têm aqui na sala não? Estão cegos? — Disse pra todos — Se fosse eu que tivesse fugindo de três crianças, cada uma com uma colher de pau na mão, você ia falar que eu não coloco ordem — Disse pro Bruno

Ele sabia tanto que era verdade que ficou calado e coçou a nuca. Veio até eu e tentou me dar um selinho, mas virei a cabeça, então ele sentou do meu lado. Nem pra dar banho nos filhos ele serve! Botei os pivete tudinho na minha banheira e dei banho neles. Ajudei-os a se trocar e descemos. O jantar já tava pronto. Jantamos e ficamos no quintal: os pivete tudo brincando na totoca, com quebra-cabeça, e o Bruno e eu deitados no cheise.

— Fernanda: Você tá estranho.

— Bruno: Tô não.

— Fernanda: Eu conheço cada detalhe teu, Bruno. Fala.

— Bruno: Quando eles dormirem. Que nessa casa, com esses pivete acordado, ninguém tem privacidade.

Ô verdade. Bianca mesmo já sabe a hora que não gosto de transar! 21h30, o Luquinhas foi o primeiro a ir pra cama. 15min depois, a Karol. Tava estranhando. A Bia é sempre a primeira a ir dormir. Tava tão fogosa hoje. 22h15, ela dormiu. Botei ela na cama e ainda tive que ficar deitada com ela 20min pra ela dormir de verdade, que nem pedra. Sai do quarto dela, desci as escadas e fui pro quintal. Sentei do lado do Bruno. Ele tirou algo do bolso e me deu. Era outra carta. Ô, céus.

No alto do morro...3º TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora