Capítulo 37

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Taylor Scott

Depois de  mais ou menos uma hora e meia esperando por notícias de Luma, enfim estou aqui frente à frente com o médio do plantão responsável por ela, mil coisas já passaram por minha cabeça, mas não consigo imaginar nada de tão grave, ela só estava muito estressada e fraca, mas só.

- Oi, gostaria de entender o que aconteceu com minha mulher?

O médico olha alguns papéis como se buscasse por onde começar, o engraçado é que já estive nessa situação mil vezes, quando algum bebê não tinha mais batimentos cardíacos ou quando tinha que dá a notícia para uma mulher que óvulo da inseminação não fecundou e ela não estava grávida, dentro muitas outras situações! As pessoas acham que médicos sempre estiveram preparados para isso, mas isso é mentira.

Teve dias que sai do consultório chorando, sempre senti a dor das minhas pacientes, durante noves meses estou ligado a elas e suas famílias, eu amo minha profissão se estivesse a oportunidade de escolher de novo, eu com certeza escolheria a medicina. 

- Bom, primeiro gostaria de terminar de preencher algumas lá lacunas que ficaram na ficha dela. Gostaria primeiro de saber se a senhorita Luma já engravidou antes?

- Sim! Ela tem uma filha. Será que Luma estava grávida e ninguém sabia, mas tenho certeza que ela não me esconderia isso, mas o por que dele querer saber isso.

- Entendi. Sua mulher estava grávida de seis semanas e meia, tudo indica que ela teve um aborto expontâneo, seu nível de pressão estava elevado, quando ela chegou ao hospital o feto já estava sem vida, tentamos expelir de forma natural, porém sua esposa estava sem forças para se manter acordada, então depois de uma hora tentado do método mais fácil tivemos que fazer a curetagem.

- Grávida? Minha voz quase não sai, não sei em o que pensar, meu bebê morreu sem eu menos ter o prazer de saber de sua existência quando ele ainda tinha vida! Meu coração está em pedaços.

- Ela acabou de sair da sala de cirurgia, está no quarto, sua recuperação será rápida, ela ainda está dominado sobre feitos dos remédios, mas daqui uns minutos ela estará acordada. Não se preocupe logo ela estará recuperada, tem apenas que repousar pelo menos 24hrs.

Nem sei como consegui sair daquela sala, minha mente não consegue processar o que eu acabei de ouvir. Luma estava grávida de um filho meu, não consigo acreditar, as lágrimas existem em querer descer, mas preciso ser forte por ela, ela ainda nem sabe.

Entro no quarto e a vejo, sua expressão continua a mesma de sempre, Linda! Ela  está a base de soro. Chego mais perto seguro sua mão livre e a beijo. - Estou aqui, meu amor. Digo como um sussurro, ela infelizmente não acorda.

Eli e a mãe de Luma estão lá fora, não sei se tenho coragem de falar o motivo, mas preciso que alguém leve Olívia para casa, sei que ela vai estranhar dormir longe dos pais, mas não posso deixar Luma aqui sozinha, não posso deixar que ela acorde sem ninguém por perto, então tomo coragem e vou até a sala de espera.

As duas estão sentadas com uma expressão de preocupação, Olívia dorme na cadeirinha do carro! Então chego mais perto e dou um beijo em Olívia, ela nem imagina que seu irmãozinho ou irmãzinha morreu, que ela não terá a oportunidade de cuidar e brincar com ele, isso me dói tanto, eu não terei a oportunidade de lhe dá um beijo.

- Preciso que alguém leve Olívia para casa, vou precisar dormir aqui hoje.
Elas me olham com um olhar de curiosidade, mas nenhuma questiona minhas palavras. - Por favor!

- Eu a levo. Eli diz pegando Olívia. - Não precisa se preocupar, vou cuidar muito bem dela.

- O que aconteceu com minha filha, Taylor?

- Luma.... Minha voz falha. - Luma, estava grávida! Porém sofreu um aborto espontâneo, mas já está tudo bem, vocês podem ir para casa que eu cuido dela.

Olho para as duas e vejo as suas expressões de tristeza, vejo que no rosto de Eli as lágrimas começam a descer, ela senta e chora baixinho, já Luana a mãe de Luma lava as mãos ao coração e chora, ela me olha e olha para Olívia, não consigo entender suas expressões.

- Isso não pode está acontecendo, minha filha não vai suportar essa dor, uma mãe leva muito tempo para se amenizar a perda de um filho, porque superar uma mãe nunca supera.

- Eu sei. Digo mais para mim mesmo do que para ela. - Mas vou tentar ser forte por ela.

Ela senta ao lado de Eli e começa a recolher suas coisas, pega na mão de Eli e se vai levando junto Olívia . Sei que nunca vou sentir a dor que Luma está sentindo, mas eu também acabei de perder um filho, filho esse  que eu tanto desejei e um filho que eu saberia que ninguém nunca iria me ameaçar para tomar ele de mim, sim também foi meu filho que morreu.
***

Luma Evans

Acordo e não consigo lembrar muito bem onde estou, vejo um quarto branco, uma mão está com agulha com e na outra mão vejo a mão de Taylor sobre a minha, então um sorriso nasce em meus lábios, pois se ele está aqui tudo está bem.

Começo a fazer carinhos na sua cabeça, passo a mão bem devagar em seus cabelos castanhos, ele sente minha mão e levanta seus olhos na minha direção, como um passe de mágica ele sorrir, como eu amo vê-lo sorrir.

- Oi... Minha voz sai como um sussurro, sinto alguns dores na minha barriga e faço uma cara de dor. - Está tudo bem? 

- Está sentindo alguma coisa? Quer que eu chame o médico?

- Não, não precisa! Você é meu médico, lembra? Ele sorrir mesmo não querendo. - Cadê Olívia?

- Está com Eli e sua mãe, não precisa se preocupar.

Não consigo imaginar quantas horas eu dormi, para falar a verdade quase não lembro de nada, a única coisa que lembro é de está dentro de uma ambulância, vejo no rosto de Tay o quanto ele está preocupado e triste! Estou sentindo algumas dores pelo meu corpo, mas forço minha mente tentando lembrar de alguma coisa, mas vejo que é em vão.

- Bom Dia, senhorita! Como se sente? Um médico entra com um sorriso estampado no rosto.

- Bom dia! Eu estou me sentindo bem, meia estranha, mas bem.

- Bom, estou passando para dizer que hoje você já está bem, dei uma olhada em seus exames, daqui a pouco você estará de alta, porém você precisará voltar para um acompanhamento com um ginecologista urgente.

Alta? Acompanhamento com minha ginecologista? O que aconteceu comigo??? Meu coração está quase saindo pela boca, olho Tay ele está triste, mas por que ele está triste? O médio deixa uma pilha de papel com Tay, se despede e sai.

- Você pode me explicar o que aconteceu? Senta aqui do meu lado amor.

Antes de chegar perto de mim Tay respira fundo e vem. Nesse momento sei que algo de ruim aconteceu, mas não sei o que é, não fico tão desesperada, pois Olívia está bem.

- Amor... Tay respira fundo como se quisesse achar as palavras certas. - Amor, você está aqui porque estava grávida!

- Eu, grávida?

Desculpem a demora, espero que esteja bom. Se gostarem curti e comenta, beijos.

A Grande Supresa. (EM REVISÃO) Where stories live. Discover now