Capítulo 11

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Hoje meu dia de trabalho está muito calmo, depois da notícia que o Dr me trouxe meus pensamentos só iam na mãe dele, queria poder contar para Eli, mas não sei por qual motivo ela não veio trabalhar hoje.

Sr Pedro estava planejando a festa de aniversário do restaurante, ele escolheu como tema carnaval, ele disse que é uma festa que tem no Brasil no mês de Fevereiro, já ouvir falar, mas nunca participei de uma, então estou muito animada.

Quando estou terminando de limpar uma mesa vejo Eli entrando no restaurante, ela me dá um sorriso e vai pra sala do Sr  Pedro, eu então fico esperando ela sair para conversar com ela.

Eli se tornou minha melhor amiga, minha mãe e uma grande parceira, eu não tinha ninguém na minha vida, então Deus me deu ela, ela é a única pessoa além de mim que ama minha filha de verdade e se ela ama minha filha eu também a amo.

- Oi amiga. Ela diz me dando um abraço apertado, nesse momento vejo que tem alguma coisa estranha, vejo que ela está chorando.

- Oi amiga. Ela me abraça mais forte. Está tudo bem? Digo já a levando para área de funcionários.

- Lu, eu vou ter que fazer uma viagem. Ela para e toma fôlego. Amiguinha... não sei quanto tempo vou ficar fora, eu nem sei se vou está aqui quando Oli nascer e eu vou ficar longe de você e dos meus pais.

- Como? Me explicar isso amiga.

- Amiguinha, hoje de madrugada eu vou fazer uma viagem com o pessoal da faculdade, eu não queria ir, mas fui umas das selecionadas. Ela abaixa a cabeça e chora com mais força. - Então vou ficar quase um ano fora, eu não quero ir! Eu amo ficar aqui, eu gosto do meu emprego e eu quero ver sua filha nascer!

Não digo nada, apenas a abraço e choro, choro porque vou perder a única pessoa que tenho nessa cidade, a única pessoa que me ama de verdade a única pessoa que minha filha tem além de mim, Eli não pode ir me sinto tão insegura sem ela por perto.

- Obrigado Eli! - Levanto seu rosto com minhas mãos. - Você é a melhor pessoa do mundo. E eu e nossa Oli vamos está aqui lhe esperando.

- Não precisa agradecer amiguinha, você é minha melhor amiga e sua filha é minha sobrinha. Ela segura minha mão com força. - Eu vou voltar amiga por vocês e por meus pais, eles também estão sofrendo muito. Estou com esperança que isso dure menos de um ano, vou me esforçar para isso.

Ficamos conversando por horas, mas ela tinha que ir, tinha que resolver algumas coisas antes das viagem, amanhã de manhã minha melhor amiga vai viajar por quase um ano. Então ela se despediu de todo mundo e se foi, meu dia estava muito mal, então pedi pra ir mais cedo pra casa, já que o movimento estava fraco o Sr Pedro me liberou.

Você vai fazer falta amiga, digo pra mim mesma em meio às lágrimas, então coloco a mão da minha barriga, minha filha agora seremos apenas eu e você até a tia Eli voltar, mamãe promete que vai ficar tudo bem.
***
Estou chegando em casa quando escuto meu celular tocar. Tiro da bolsa e vejo um número desconhecido.

- Alô, quem é?

- Sou eu, Luana sua mãe.

- Ah... E a senhora mãe, com quem pegou meu número?

- Isso não importa agora, mas consegui falar com seu pai, ele quer ti ver.

- Sério mãe? Quando posso ir?

- Sim, apesar do seu pai não prestar eu ainda tenho uma consideração por você, apesar de você ter feito uma grande merda da sua vida.

- Shhh, mãe para, se for pra ficar falando que minha filha é uma grande merda, nem precisa terminar de falar, porque eu mesmo vou atrás do meu pai.

- Ok. Se quiser ver seu pai amanhã conseguir uma visita pra você, a nota o endereço e a hora.

Eu desligo e fico olhando para o papel, amanhã depois de quase três anos eu vou reencontrar meu pai, meu coração se alegra, amanhã você vai conhecer seu vovó meu amor, sei que ele não tá num lugar muito legal, mas logo logo ele vai sair de lá, você vai ver.
***

Já são quase oito da manhã e eu já estou saindo de casa, não posso me atrasar, minha mãe marcou para as nove a visita com meu pai, ontem à noite preparei um bolo pra levar pra ele, não sei se ele vai ficar com vergonha de mim, mas não ligo muito eu só quero poder ver-lo.

Chego e vejo muitas pessoas visitando outras pessoas lá, como estou grávida fiquei na fila de prioridades. Algumas pessoas me olham dos pés à cabeça, pois sei que minha gente ali sabe que sou menor de idade e estou grávida. Quando chega minha vez, passo pela revista de segurança, logo depois sou direcionada para uma sala de espera, quando menos espero escuto meu nome.

- Senhoria Luma Evans, veio visitar o senhor Marcos Antônio, então por favor siga o caminho até a sala de visitas.

Sigo naquele longo corredor sem dizer nada, estou muito ansiosa para pensar em qualquer coisa. Chego em uma sala enorme, nela vejo algumas pessoas sentadas conversado com seu familiar através de um vidro, elas usam telefone para poder se comunicar. Algumas pessoas choram, outras apenas conversam como aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

Quando levanto meu olhar lá vem ele, ele está tão magro, sua pele está mais escura, parece que ele envelheceu dez anos em três anos, ele está de cabeça baixa, então senta em minha frente e pega o telefone. Quando ele levanta o rosto vejo que ele está machucado, meu coração está em pedaços.

- Oi pai. Ele não diz nada, apenas me olha com curiosidade. - Eu tenho uma supresa por seu senhor. Ele não diz nada, não consigo ver nenhuma emoção no rosto dele. - Sabia que o senhor vai ser avó?

Ele abre os olhos com a supresa, mas ainda está calado, não sei se falo mais alguma coisa ou só espero.  Então vejo os olhos dele na minha barriga, eu fico feliz e então falo;

- É uma menina, pai. Ele sorrir e vejo seus olhos cheios de lágrimas. - O nome dela é Olívia que nem da minha avó.

- Oi filha. Ele diz com os olhos cheios de lágrimas. - Esse lugar não é pra você minha filha, desculpas por te fazer passar por isso.

- Não precisa pedir desculpas pai. Coloco minha mão no vidro, como eu queria poder tocar nele. - Eu te amo, meu paizinho.

- Parabéns minha princesinha. Ouvir meu pai me chamar assim me deixa muito feliz, ele me chamou a vida inteira assim. - Sei que você será uma ótima mãe.

- Ela veio conhecer o vovô dela. Levanto a camisa mostrando minha barriga para ele. - Ah, a gente trouxe bolo pra você, o policial disse que vai lhe entregar.

Ficamos algum tempo conversado quando o agente chegou e disse que a visita tinha acabado. Como eu queria poder tocar no meu pai, queria lhe dá um grande abraço, então apenas disse tchau. Ele se foi chorando, eu demorei  alguns minutos para me levantar e sair, eu ainda tinha um dia de trabalho.
***

Hoje começamos a montar a festa de aniversário do restaurante, tudo era muito alegre e colorido, os clientes já estavam animado com o tema. Sr Pedro disse que um primo dele virar substituir Eli, ele mora há quase 10 anos no Brasil, no Rio de Janeiro.

Com a presença do primo do Brasil a festa vai está mais completa, ele iria trazer duas amigas que fazem parte do carnaval, não entendo muito sobre o assunto, mas sei que é uma festa super animada e feliz. A festa é daqui duas semanas, porém o restaurante já está no clima de aniversário. A decoração ficará como um convite para a festa.

A Grande Supresa. (EM REVISÃO) Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora