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 Harry levantou-se da cadeira onde estava sentado em um único pulo, assim que aqueles dois clientes de Louis deixaram a cafeteria. Em instantes, já se apoiava no balcão novamente, comprimindo seus cotovelos contra a superfície gelada e encarando Louis seriamente.

— Já acabou?

— Deus, como você é irritante! – o mais velho respondeu, lançando suas mãos para o ar em um único movimento. – Sim, eu já acabei.

— O irritante aqui é você! – Harry respondeu, antes de voltar a jogar a jaqueta jeans de Louis sobre o balcão. O rapaz dos olhos azuis, até aquele momento, nem ao menos havia percebido que o mais novo ainda mantinha consigo aquela sua peça de roupa.

— Tudo bem, não vamos brigar agora... – Louis disse, soltando uma breve risada.

— Você não me dá outra opção...

— Eu?! – o mais velho arqueia uma de suas sobrancelhas, exclamando mais alto do que o planejado.

— Quem acabou de dizer que não é para nós brigarmos agora? – Harry pergunta no mesmo tom de voz usado por Louis.

— Eu.

— Então!

— Mas é que você também não me dá outra opção... – Louis comenta, virando-se para agarrar alguns recipientes e ingredientes necessários para fazer aquele maldito bolo que Harry havia pedido.

Ou era isso, ou acabaria desempregado, por mais que algo dentro do rapaz dos olhos azuis não deixasse de lhe dizer que Harry nunca seria capaz de algo assim.

— Ah, Louis, a culpa não é minha... – o mais novo começou, suspirando alto. Estava parcialmente debruçado sobre o balcão da cafeteria, mais precisamente, com um de seus braços e parte de seu rosto apoiados sobre a jaqueta de Louis. – Você que não me trata da maneira certa. – Harry resmungou. – Você viu como aqueles dois jovens apaixonados são gentis e educados um com o outro? – perguntou, levantando sua cabeça do balcão.

Louis instintivamente virou sua cabeça para encarar Harry no exato instante em que ouviu as palavras jovens e apaixonados.

— Como?

— O quê? – Harry perguntou, confuso.

— Você disse... Dois jovens... Apaixonados.

— Sim...

— Você está querendo insinuar algo com isso? – o mais velho pergunta, abrindo um sorriso divertido no canto de seus lábios.

— O quê?! – Harry se engasga com a própria saliva, esbugalhando os olhos e sentindo seu rosto esquentar. – De onde você tirou isso?

— Dessa sua cara patética e envergonhada...

— Mas é claro que não! – o mais novo esbravejou contra aquele atendente. – Você é ridículo...

— Então por que você sugeriu que eu devia te tratar como se fossemos dois jovens apaixonados?

— Eu não sugeri! – Harry exclama de uma maneira exageradamente alta de novo, sentindo sua barriga prestes a congelar com todo o desconforto que lhe atingia. – Só quis dizer que eles se tratam de uma maneira legal e que você deveria usar isso como exemplo, principalmente para deixar de ser mal-humorado e ficar com essa sua cara feia aí para cima de mim!

— Então agora você está querendo dizer que a minha cara é feia? – o mais velho perguntou, enquanto chacoalhava levemente pelo ar a colher que mantinha em mãos.

coffee shop // larry stylinsonWhere stories live. Discover now