Capítulo vinte e cinco

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-Obrigado Papai. De um beijo em tia Lourdes e em mamãe por mim.

-Pode deixar querida.-Papai beija minha testa e sai me deixando sozinha. Enzo tinha saído para não sei onde e ia demorar então o jeito era ficar na saudade.
Abro O micro-ondas e o cheiro de batatas assadas com frango enche minhas narinas. Pego meu prato e levo para mesa. Caminho até a geladeira para pegar algo para beber. Assim que abro vejo meu chá gelado sabor pêssego. Papai era mesmo o melhor.
Depois do almoço me troco de roupa e escuto a companhia tocar. Era as meninas. Desço as escadas correndo para abrir a porta. Dou de cara com Fern nada feliz e Diane.

-Nada de Bete?-Pergunto olhando de um lado para o outro.

-Meu tio deu um novo caso para ela e ela prefiro ficar estudando.-Diz Fern. Ela parecia ensandecida, isso era novidade. Fern era o ser humano mais doce e paciente que eu conhecia Abro a porta dando passagem para ela entrarem. Fern se joga no sofá empurrada e não diz nada. Olho para Diane questionando com o olhar e ela dá de ombros.

- Algum problema com sua vó?-Pergunto me aproximando do sofá. Me sento a direita de Fern esticando meus pés para descansarem na mesinha de centro. Diane senta em nossa frente na poltrona de papai.

-Vovó esta bem.-Diz ela.

-Então qual o problema?-Pergunta Diane que parecia estar tão interessada quanto eu.

-O problema é aquele seu amigo insuportável.-Diane me olha e começamos a rir. Fazia um mês que Vitor havia feito saia missão de vida infernizar a pobre Fern. Aquele descarado não suportava ser dispersado. E quanto mais Fern o despreza mais ele corria atrás. Mas era evidente que ele estava de fato encantado com Fern. Só não entendia por que ele estava agindo estranho de uns dias para cá.

-O que Vitor aprontou dessa vez?-Pergunto esperando ansiosa para saber o que eu mais ele poderia ter feito para deixar Fern tão brava.-Fern me olha com desgosto. Com uma infelicidade evidente.

-Passou mal em minha frente. Ou melhor fingiu.-Diane franze os cenho, ficando com uma cara tão confusa quanto a marinha deveria estar. Ontem ele decidiu ir me infernizar na faculdade. Imagina chegou com a maior pinta de galã. Todo bem vestido. Naquele carro que parece uma nave espacial e me coagiu a almoçar com ele. A Universidade em peso parou para ficar o bajulando. Eu acabei indo. O infeliz ficou me seguindo de um lado para o outro. Então ele estava sendo ele. Idiota e fazendo piada de tudo. Do nada ele começou a soar e a ficar Branco. Parecia cansado. E a idiota aqui se preocupou de verdade com ele. Eu realmente me importei e odeio isso. Ele pediu para eu pegar um copo d'água e sai para pegar quando voltei ele não estava mais lá. Tinha ido embora e me deixado sozinha. Deixou seu dinheiro imundo na mesa. Como se eu precisasse da merda do seu dinheiro.-Diane e eu estávamos de boca aberta. Fern era doce e calma o tipo de pessoa que parava na rua para abraçar um mendigo e agora ela estava nervosa, falava como se fosse capas de socar alguém.-Ela envia a mão na bolsa e puxa um envolve. Estica até Diane.

-entregue a ele. E diz para ele esquecer que eu existo.

-Fern não fique tão brava. Vitor é infantil quando quer, mas é uma excelente pessoa. Ele deve ter tido um bom motivo para isso.-Diz Diane.

-Ele tinha sim um belo motivo. Me mandou uma mensagem dizendo que não havia passado mal de verdade que estava só brincando, mas que recebeu uma ligação dizendo que havia aparecido uma vaga no melhor lava-rápido da cidade e saiu para lavar o carro. O idiota nem esperou que eu voltasse. Eu fiquei desesperada.

-Eu te entendo Fern, mas Vitor é muito cavalheiro. Não entendo ele jamais te deixaria sozinha se não tivesse um verdadeiro motivo. Acho que ele usou essa historia de lavar o carro para te deixar irritada. Ele e assim. Quanto mais irritada ele te deixar, mas ele vai ficar na sua.

Star a New DreamWhere stories live. Discover now