Capítulo um

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Dias atuais...

Enzo
Ela andava de um lado para outro sua expressão era de pura indignação. Ela olha para as páginas do livro e balança sua cabeça, como que se o que estivesse escrito naquelas páginas, não passasse de meros absurdos. Ela ainda não tinha me visto. Ninguém tinha. Faltava alguns minutos para começar a tarde de autógrafo. Eu estava do lado de dentro da grande livraria havia um imenso vidro que me permitia ver as pessoas que estavam lá fora. Era muitas. A moça de cabelos longos e negros, se movia de um lado para o outro desinquieta. Ela estava completamente a vontade para o dia extremamente frio ela usava um casaco fino, saia lápis e um salto medonho. Hora e outra ela se abraçava. Estava começando a chuviscar. Elas tirou de sua bolsa um gorrinho vermelho e colocou na cabeça, como se aquilo fosse lhe proteger de alguma coisa. Ela batia os pés no chão impaciente. Elas olhava para a multidão ao seu redor e parecia mais aflita. Eu não conseguia ve-la nitidamente, mas tenho a impressão de que era muito bonita. Suas mãos apertava o livro com força, como se ela quisesse estrangula-lo. Ela estava infeliz. Seu andar era tenso, ela roíam as unhas e cuspia para fora. Um rapaz alto com um estilo um tanto quando questionável, chega perto dela. Ele usava calças cáqui normais, um blazer xadrez óculos enormes, usava um chapéu de lado e bancava de intelectual. Era cômico a maneira que ele rodeava a garota de cabelos escuros. Era estranho, mas eu tinha um forte sensação de que já tinha a visto antes. Depois de anos eu estava de volta ao Colorado. Voltar para cá me trouxe memórias que eu lutei anos para tentar apagar. Não que eu tivesse conseguido, mas pelo menos eu havia aceitado. Aceitar faz você aprender a viver com a situação, e foi exatamente o que fiz. Havia uma lugar que eu gostaria de ir aqui no Colorado, mas eu não me atreveria. Existe coisas que precisam ficar no passado trazer para o presente só abriria feridas que já foram cicatrizadas. Aposto que ela nem lembrava de mim. Já Havia se passado vinte anos. Era tempo demais. Eu queria conhecer a família que ela tinha constituído, a maneira que ela cuidava dos animais, me dava a nítida certeza de que ela seria uma excelente mãe.

Olho novamente para fora, e Ela estava tentando se livrar do cara com estilo esquisito. Ela sai de perto dele. E começa a ler o livro, ela fica novamente desinquieta e começa a marchar de uma lado para o outro novamente. Ela senta perto de uma árvore e tira seus sapatos. Eu faria uma massagem em seus pés, se soubesse que ela ficaria relaxada, mas pelo jeito ela não era fã do livro. Então provavelmente estava esperando o momento certo para enfia-lo na minha cara. O pensamento dela atacando o livro em minha cara, faz eu levar minha mão no rosto e esfrega-lo. Pelo jeito que ela demonstrava ser arisca e geniosa, não me surpreenderia nada se aquilo de fato acontecesse. Eu queria saber qual o ponto que havia a levado a detestar tanto o livro. Não que eu fosse um como Fiódor Dostoiévski, José Saramago, ou ate mesmo Nichola Sparks, mas o livro foi bem aceito. Definitivamente tive mais críticas construtivas que destrutivas. Mas ela com certeza queria acabar comigo. A forma que ela amassava o livro me dizia tudo. Agora ela estava batendo o livro com força na árvore. Ela percebe que ganhou alguma plateia, da um sorriso fraco e para de torturar o livro. Ela se senta novamente da um suspiro profundo. Eu não posso ver nitidamente, mas sei exatamente o que ela fez pelos movimentos de seus ombros. Que subiram e desceram rápidos demais.

-Enzo falta dez minutos para abrimos, você precisa de algo? -Pergunta Lívia minha agente.

Ela resolvia toda burocracia para mim. Quem diria a três anos atrás eu apenas escrevia por hobby, e hoje tenho um livro escrito que está no New York Time. Sim eu tinha vendido mais de duzentos mil exemplares . Até editoras de outro países estavam de olho no livro. Mas hoje era um dia especial, por que vim para a cidade que eu cresci. Muitos aqui não sabiam quem eu era o autor pelo simples fato. Eu não coloquei foto minha na biografia eu nem queria que isso tivesse acontecendo. Tudo aconteceu muito rápido. Uma hora Helena insistia para ler o livro e na outra havia editoras de todos lados querendo publica-lo. Depois de muita insistência de meus amigos e até mesmo meus familiares eu decidi publicar. O livro alcançou rapidinho um número satisfatórios de leitores. E Depois de alguns passeios em vários Estados eu estava aonde nasci. Colorado eu amei muito este lugar até ser arrancado dele aos quize anos para ir para Europa e agora por ironia eu estava aqui novamente.

Star a New DreamOnde as histórias ganham vida. Descobre agora