-Enzo vamos abrir agora, está pronto?-Pergunta Lívia.-Não eu não estou, mas nunca vou estar, então vamos acabar logo com isso.-Lívia me deu um sorriso de incentivo saiu para dar permissão para abrir a livraria.

Fiz uma breve oração e fui me sentar naquela cadeira assustadora. Eu já tinha passado por isso muitas vezes, mas parece que hoje era pior. Eu tinha uma sensação estranha que percorria minhas veias, eu não sabia explicar, mas uma ansiedade mostro havia se alojado em meu estômago me fazendo constipado.

A porta é aberta e vem correndo aquele monte de meninas enlouquecida para minha mesa. Cada uma me dava seu livro e pedia para que eu escrevesse algo em particular e acrescentasse meu autógrafo. Tinha várias que me faziam um monte de perguntas, tentando encontrar uma explicação para tudo que eu escrevia. Elas me achavam um máximo, mal sabiam elas que eu era um simples homem normal, cheios de defeitos e um fujão nato. Eu varri a sala com meus olhos atrás daqueles longos cabelos negros, mas não encontrei nada. Ela estava tão insatisfeita com o livro que talvez não quisesse um autografo. E claro que ela não queria um autografo. No mínimo queria jogar O livro na minha cara. O homem de veste questionável se aproxima de mim.

- Como você conseguiu em apenas um livros mudar tantas vidas?

Ele falava com um sorriso enorme. Então acredito que isso foi uma coisa positiva.

-Só escrevi o que sentia.-Ele me olha impressionado com minha resposta.

-Tá vendo é disso que eu tô falando, a profundidade que você fala as coisas.

Eu não tive a intensão de ser profundo, mas se ele achou, não iria contraria-lo. Ele me pediu um autografo e que eu fizesse um dedicação para seu amigo Brent. Eu fiz e ele foi embora. A fila de pessoas só aumentava. E eu olhava de uma lado para o outro procurando por cabelos negros, mas ela não estava em parte alguma.

Ally

Esse bastardo arrogante, quem ele pensa que é para fazer um livro horrível desse. Ele destruiu a minha vida e eu vou destruir a dele. Como assim a garota deixa o grande amor da vida dela para ficar com o melhor amigo. Isso é um absurdo totalmente desprovido de qualquer realismo. A vida real e diferente. Minha vida estava perfeitamente tranquila até Esse maldito livro aparecer e vira-la de cabeça para baixo. Primeiro que nome é esse Sky of Gold quem é que dá um nome besta desse a um livro? E o pior é que o cara que achava que a garota era seu céu dourado nem se quer ficou com ela. Que redundâncias. Aquele paspalho nem tem a coragem de por sua cara feia no livro. Aposto que é um mal amado gordo, calvo e solteirão. Mas isso não pode ficar assim. A minha vida foi afetada e alguém tinha que pagar por isso. Como pode um simples livro ter o poder de acabar com a vida de uma pessoa. Tudo bem talvez acabar seja exagero, mas definitivamente mexeu em um área da minha vida que já estava resolvida.

Eu sempre fui muito equilibrada nunca acreditei, nesse amor exagerados de livros. O amor é simples você se dá bem com a pessoa e escolhe viver com ela para o resto da vida se não der certo, cada um procura seu canto. E foi o que fiz. Depois que conheci Allan eu sabia que ele era minha escolha. Nossa relação era estável, sem qualquer romantismo barato. Sempre fomos centrados. Nos nunca complicamos com perguntas desnecessária do tipo "por que você me ama?" Isso era ridículo. Por que raio alguém precisava saber por que a outra pessoa o amava. Éramos simples. Sem perguntas ridículas, sem respostas desnecessárias. Nos dávamos um ao outro o que sabia que era preciso e ambos ficávamos satisfeito. Esse lance de felicidade não existe. Felicidade é apenas um estado momentâneo. Uma hora você está feliz outra não esta mais. É como quando sentimos uma TPM lascada e comemos chocolate, ate parece que não existe sensação melhor. Isso é só o nosso corpo liberando serotonina e endorfina, os hormônios da felicidade. Minutos depois você quer se matar por ter consumido mais calorias com algumas colheres de brigadeiro do que consumiria em uma refeição completa. Daí vem o sentimento de culpa. Isso reflete em todos estágios de nossa vida. Por isso não busco esse amor piegas e sem sentido. Contudo Allan era minha metade nos tínhamos coisas em comum. Até que sua melhor amiga decidiu lhe da a merda desse livro. Allan ficou mais distante que o normal, e um belo dia terminou comigo. Disse que amava Hanna sua melhor amiga. Droga eu nunca tive ciúmes dos dois, eles eram meio que inseparáveis, mas era amigos desde infância. Como eu ia imaginar que Hanna guardasse outro tipo de sentimentos por Allan. Eu nunca confiei em um cara que queria ser amigo. O único que tive, me abandonou, mentiu para mim. E nem teve a coragem de se despedi. Quatro olhos, havia morrido para mim. E comigo é assim, morreu acabou e ponto final. Nada de remexer o passado. Então eu meio que achava que mais cedo ou mais tarde Allan e Hanna ia se decepcionar um com o outro. Mas antes que isso acontecesse. Apareceu a merda do livro. E ele me deixou por ela. Eu não entendia como, nos éramos perfeitos um para o outro. Tínhamos o mesmo interesses, os mesmo gostos musicais, gostávamos dos mesmos esportes, mesmo tipos de filmes, mesmas comidas. Era como se ele fosse minha versão masculina. Nos nunca brigávamos, não existia cobrança ou desconfiança. Todos elogiaram nosso relacionamento era como se fôssemos feito um para o outro. Até aparecer um escritor de araque e acabou com tudo. É inacreditável como ele escreve mal. Faz o leitor se apaixonar pelo primeiro casal e depois desmorona tudo e faz a garota ficar com o melhor amigo. Não que o melhor amigo não a merecesse. Ela que não o merecia. Eu estava congelando em um frio insuportável tudo para esfregar umas verdades na cara desse escritorzinho de merda. Ah, ele ia me ouvir.

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