79º Capitulo POV Harry

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Observo a Rose a afastar-se até chegar à porta de sua casa, vira-se para trás para me conseguir encarar acena-me e entra em sua casa. Encosto a minha cabeça ao banco e penso em como é possível eu estar tão dependente desta rapariga inquieta.

Segundos depois sinto o telemóvel a vibrar contra a minha perna, retiro o telemóvel do bolso das calças e vejo que tenho uma mensagem de um número desconhecido.

"Sabia que conseguias"

Fico a encarar no ecrã por algum tempo a observar a mensagem anónima. Deve ser engano não faz sentido nenhum alguém me mandar uma mensagem assim.

Consegui o quê? Achar o dinheiro? Mas a única pessoa que sabe disso é a Rose e eu, por isso a única opção que me resta é achar que foi engano.

Novamente, o telemóvel volta a tremer dando sinal que recebi mais uma mensagem anónima.

"S.P.M. hoje"

Mas que merda é esta?!

Olho para o relógio do carro que marca uma 12:20, reparo no carro do pai da Rose estacionado, ela vai estar com o pai vai ficar bem de certeza.

Ligo o carro e carrego no acelerador, lembrando-me que demoro no mínimo uma hora até chegar ao meu destino. A minha mente está mil aperto o volante com força e sinto todos os músculos do meu corpo a ficarem cada vez mais tensos. Mas que merda é esta das mensagens agora?

Quando li a segunda mensagem é que percebi que não nunca tinha existido engano nenhum, S.P.M. foi uma sigla que eu e o Ryan fizemos há uns anos significa Segue Para o Metro, um dia encontramos uma antiga estação de metro abandonada fora da cidade e basicamente que fazíamos tudo lá, é um sitio que é quase impossível de encontrar já ninguém vai para aqueles lados. Traçámos lá vários planos sobre como podíamos apanhar criminosos, era um sítio onde sabíamos que ninguém iria encontrar e, que se por acaso encontrasse não iriam entrar, era um local seguro. Bem, eu pensava que era até receber esta mensagem, se as únicas pessoas que sabíamos sobre aquele sitio era eu e o Ryan e o como o Ryan está morto a única pessoa que resta sou eu e agora também seja lá quem foi que me mandou mensagens.

Uma sensação de desagrado preenche o todo o meu corpo e automaticamente sinto-me como se algo estivesse mesmo muito, muito mal apenas não sei o quê. Mas sei que foram aquelas mensagens que desencadearam este sentimento estranho que envolve todo o meu corpo neste momento.

Respiro fundo e pressiono novamente o acelerador quando entro na auto-estrada, sinto-me como se neste momento o carro rasgasse o vento e à medida de cada quilómetro que percorro é como se ficasse mais curioso para saber quem é que quer que vá aquele local.

Pode ser uma armadilha. Mas de quem? Mas também pode não ser nada. Ou talvez seja.

***

Uma hora mais tarde a cidade já fica para trás do carro, a estrada é mais apertada que quase é impossível passarem dois carros ao mesmo tempo um a lado do outro, carrego no botão que desliga a radio e tudo fica num completo silêncio. Uns metros há frente estaciono o carro, saio e tranco-o, olho para a esquerda, direita, para trás e novamente para a frente certificando-me que, por agora, estou sozinho. Caminho em frente pelo chão de alcatrão até estar em frente a umas escadas que descem para o metro, desço-as sempre com o sentimento que alguém pode aparecer a qualquer momento a reinar no meu corpo.

Talvez tenha sido apenas uma coincidência terem mandado aquela mensagem.

Não já não há mais coincidências desde que o Ryan morreu. Não poderia existir uma tão grande.

Assim que chego ao último degrau paro, olho para todos os cantos e espero em ouvir qualquer coisa, passos, uma respiração acelerada mas ao contrário de ouvir qualquer som que provinde de um ser humano apenas ouço o som do puro silêncio.

Always | H.S |Onde histórias criam vida. Descubra agora