20º Capitulo

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Depois de um longo e relaxante banho, já sentia os meus músculos mais relaxados, tinha as ideias mais em ordem, pelo menus pensava que tinha. O meu pai já tinha saído de casa e agora estava completamente sozinha à espera que o Harry chegasse. Não consigo em evitar pensar que o homem armado podia voltar e atacar-me, ou talvez ele não volte como o Harry garantiu que ele não iria voltar, mas como é que ele pode garantir uma coisa destas? Não consigo arranjar nenhuma explicação lógica para isso.

Estava sentada no sofá da sala sem sequer estar a ver televisão, estava apenas ali parada a pensar na confusão que está a acontecer e que fica pior a cada dia que passa. Tenho medo do que possa acontecer a seguir. Talvez eu atraia os problemas, talvez eu seja uma azarada, desde sempre meti-me em confusões mesmo sem eu querer, na maioria das vezes eu apenas fazia o que o meu instinto mandava, mas eu acabava sempre num problema e a sofrer. Sempre tive algum azar no que toca a seguir os meus instintos, talvez isso nunca mude. Mas neste caso é diferente, não foi preciso nenhum instinto para o Harry vir falar comigo, ele apenas veio e foi com ele que está confusão começou, eu estava demasiado vulnerável quando fiz o tal acordo com ele. Neste momento eu nem sequer quero pensar em saber quem é que matou a Zoe, mas à umas semanas atrás eu achava indispensável descobrir, neste momento já não sei se quero mesmo saber. Talvez se o Harry viesse tentar negociar comigo agora eu não aceitasse nada, talvez ele desaparece-se da minha vida e nunca mais voltasse. Eu tenho a certeza de que aquele homem perigoso veio ter comigo por alguma coisa que tenha a ver com o Harry, só pode, se não, não teria ligado para ele.

Estou com raiva do Harry, não sei bem porquê que sinto esta raiva, não a deveria sentir. Acho que a sinto graças a ele nem sequer ter falado nada sobre ter-me beijado ontem à noite, mas isso não motivo eu também não lhe disse nada sobre esse assunto.

Bufo e meto a minha cabeça entre as mãos.

A campainha toca, olho para logo para o relógio fixo na parede. Dez e meia. É lá chegou a horas!

Caminho até a porta, abro-a e vejo o Harry. Desvio-me e ele entra com um rapaz que não deve ter mais de trinta anos mas nota-se que é mais velho do que o Harry e do que eu.

"Rose, este é o Daniel, ele vai arranjar-te a parede" tento não revirar os olhos ao Harry por me ter chamado novamente Rose.

"Olá Rose" Daniel estiva a sua mão para mim e eu aperto-a.

"Rosie" digo corrigindo o Harry e desvio o olhar para ele que noto que está a conter um pequeno sorriso. Ele está com o humor melhor.

"Por aqui"

Começo a subir as escadas indo em direção ao meu quarto onde Daniel diz que não irá demorar muito tempo a arranjar a parede baleada, assim que Daniel põe as mãos à obra usando a ferramentas que trouxe consigo, saiu do quarto deixando-o trabalhar à vontade.

Enquanto deixo as escadas para ir novamente para a sala sei que o Harry está-me a seguir. Sento-me no sofá e ele senta-se logo ao meu lado. Os seus olhos estão fixos em mim de uma maneira estranha e desconfortável, olho para ele e franzo ligeiramente o sobreolho.

"Porquê que estás a olhar assim para mim?" Pergunto.

"Eu não acho boa ideia continuares-me a ajudar" a sua voz é baixa como se ele tivesse com medo das suas próprias palavras. Como assim ele não quer mais a minha ajuda. Sinto o meu coração acelerar de uma forma esquisita que está a deixar-me ansiosa.

"Não queres mais a minha ajuda?"

"Acho que a situação está a ficar descontrolada" os seus olhos não se separam dos meus mas estes agora parecem vulneráveis e não com tantos segredos escondidos neles.

Always | H.S |Where stories live. Discover now