17º Capitulo

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Saiu de cima do colo do Harry, e este alevanta-se fazendo-me sentir pequena em comparação com o seu tamanho. O Harry mete-me um braço por cima dos meus ombros e puxa-me contra ele, não ligo ao facto de estar de pijama e de pantufas e saiu do meu quarto com o Harry agarrado a mim, assim que passamos pela porta sinto um arrepio a percorrer todo o meu corpo e uma lágrima indesejada corre pela minha bochecha e um soluço sai da minha boca. O Harry pára de andar e olha para mim.

"Hey, eu estou aqui, ele não vai voltar" A sua voz estava cheia de promessas. "Tens a chave do teu quarto?" Assinto com a cabeça, solto-me dele e ando até À gaveta da secretária onde tiro de lá uma pequena chave, a mesma chave que não vai permitir que os meus pais vejam o que aconteceu às paredes.

Assim que já estamos fora do quarto, tranco a porta e entrego-lhe a chave que ele mete no bolso devido a eu não ter bolsos para a guardar. O Harry puxa-me novamente para si como se me estivesse a proteger de algo que pudesse acontecer a qualquer momento. Enquanto descemos as escadas o meu olhar caí sobre todos os cantos da casa com medo que o homem negro saísse de qualquer canto e começasse aos tiros. Quando chegamos ao final das escadas vejo a janela da sala aberta com as cortinas a voarem como se alguém as estivesse a puxar.

"Foi por ali que entrei, e certamente foi ele que a abriu" Harry diz e caminhamos em direção à janela.

"Mas não está partida, como é que ele a abriu?" Pergunto confusa.

"Rosie, acredita que não é preciso partires a janela, há outras maneiras" Logo que o Harry acaba de falar fecho a janela e as cortinas automaticamente param de se abanar.

Agarro nas chaves de casa que estão no chaveiro em cima de uma cómoda ao lado da janela e por fim saímos de casa sem eu me esquecer de fechar a porta desta vez, assim que a fecho atiro as chaves para o vaso que está ao lado da porta, para não ter de nadar com elas. Os meus braços abraçam o meu próprio corpo para me tentar aquecer o mais que podia. Ambos vamos até ao carro do Harry que está parado mesmo à frente de minha casa, ele abre-me a porta sem sequer se preocupar a abrir o carro pois certamente com a pressa esqueceu-se do fechar.

O ar quente do carro faz todos os meus músculos se relaxarem e respiro fundo quando me lembro que agora o homem negro não me poderá atacar. Sinto-me em segurança principalmente quando o Harry entra dentro do carro e começa a conduzir.

Olho através da janela e automaticamente lembro-me que os meus pais vão ficar bastante preocupados quando virem que eu não estou em casa e que a porta do meu quarto está trancada.

"Harry, tenho de dizer aos meus pais" Digo e uma expressão confusa invade a sua cara, ele fica a olhar para mim de sobreolho franzido.

"Vais dizer-lhe que um homem armado e perigoso invadiu a tua casa?"

"Não, não é isso. Eles vão ficar preocupados quando virem que eu não lá estou." O seu corpo descontrai-se contra o banco e continua com o seu olhar preso na estrada até pararmos num semáforo. A sua mão tira do bolso o seu Iphone preto e estica-a para mim. Agarro no telemóvel e começo a escrever uma mensagem para a minha mãe a dizer que sair com umas amigas antigas e que não ia dormir em casa. Sei que ela vai cair nisso, ela nunca iria pensar que eu lhe iria mentir, o que me faz sentir mal por o estar a fazer neste momento.

"Obrigado" Devolvo o Iphone ao Harry que o guarda no bolso voltando-se a concentrar na estrada.

Espero que o caminho até sua casa não seja muito longo, tenho tanta vontade de fechar os olhos e de esquecer este dia para sempre que até doí.

Depois de uns logos e silenciosos dez minutos o Harry estaciona o carro à frente de um prédio branco e moderno iluminado pela forte luz dos candeeiros espalhados pela rua. Assim que o Harry saiu do carro fiz o mesmo que ele, o pior é que neste momento estava na rua de pijama, obrigada Deus por não estar praticamente ninguém na rua!

Always | H.S |Onde histórias criam vida. Descubra agora