Epílogo

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Antes de mais quero agradecer-vos pelos comentários e pelo apoio, é o primeiro livro que eu completo e, honestamente, estou feliz com o resultado.

Sei que não foi um livro comprido mas prefiro que tenha sido curto e mais ou menos coerente do que grande e confuso (sei também que a minha escrita e ideias são todas um pouco prematuras, no entanto, estou lentamente a trabalhar num livro mais bem estruturado e bem pensado, este foi feito uma beca as três pancadas)

Enfim, obrigada por lerem e espero que gostem deste final.

Qualquer coisa, perguntem e eu farei o meu melhor para vos responder (mas é capaz de demorar hahaha).

E mais uma coisa: por favor, certifiquem-se de ver os meus outros trabalhos, gostava de ter o vosso feedback nas minhas outras obras.

Beijos e, mais uma vez, obrigada.

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Jefferson tinha o fato preto vestido, um pequeno laço sob o seu pescoço e os seus companheiros ao lado. Encarou a sua mãe, nervoso por ver a mulher que amava daquela maneira. A mãe lançou um ar reconfortante ao rapaz.

Ele encarou o chão, pensando que quando a vira pela primeira vez nem sequer lhe passara pela cabeça amá-la tanto o quanto ama atualmente. Mas vê-la assim, tão.. Sei lá.. É um sentimento tão puro e tão novo. É o tipo de sentimento que nunca se espera sentir por ninguém e se torna impossível de descrever, até o sentires, e mesmo assim continua sendo um enigma.

Jefferson amava-a. Amava-a a sério.

Os últimos dois anos tinham sido uma luta, a recuperação de Melody daquele trauma não fora nada fácil. Pesadelos, ousava-se a chamá-los terrores noturnos pois havia vezes em que a sua amada saía da cama, sonâmbula, e escondia-se, amedrontada pela possibilidade de Desmond a encontrar. Murmurava, vezes sem conta, que ele a iria encontrar e matar.

Os rapazes confortavam-na, levavam-na à lápide de Desmond para que ela percebesse que ele estava mesmo morto. Então ela acalmava-se e voltava à sua rotina. Voltava a tentar ser feliz.

- Porque a demora? - Jefferson murmurou para Will, ele encolheu os ombros.

De repente, as portas da casa de praia abriram-se, desvendando uma Melody de branco e com um leve véu para trás. Ela queria parecer uma verdadeira princesa e, aos olhos de Jefferson, conseguira e não apenas pelo estilo do vestido, mas por tudo aquilo que ela tinha conquistado e ultrapassado ao longo da sua vida.

Os olhares do casal encontraram-se e ambos sorriram, mal acreditavam que isto estava a acontecer.

Melody virou o olhar para os seus pais e sorriu. Sim, ela encontrou os seus pais com a ajuda daquela rapariga com uma valente crush no Will, Carla.

A mãe de Melody era linda, no momento em que as duas cruzaram os olhares, era como se olhassem ao espelho, sabiam que eram mãe e filha. Era óbvio para ambas. Choraram horrores e abraçaram-se, mesmo no meio do café, deixando Jefferson - que acompanhou Melody, para não a deixar sozinha. - e Fred - novo namorado da mãe de Melody, visto que o pai da rapariga e a mãe separaram-se poucos meses depois do rapto - a cumprimentarem-se e a conversarem. Sentaram-se e colocaram a conversa em dia. Foi um dos melhores dias da vida de Melody, e ela sentia que haveriam muitos mais e muito melhores.

O pai de Melody também estava presente no casamento, com a namorada Maura mesmo ao seu lado. A mulher poderia ser demasiado nova para o seu pai, mas Melody gostava de ver a sua família reunida por isso não se importou.

Melody carregava os olhos do pai e a cor do cabelo da mãe. Nunca pensara que pudessem haver tantas parecenças entre familiares.

Ambos os progenitores de Melody foram encontrados através de registos do hospital e de ajuda na polícia local, Melody não conseguia agradecer o suficiente a todos. Eles reuniram a sua família, mesmo que tivesse sido apenas um encontro rápido com ambos, sentiu quase que um encerramento nessa etapa da sua vida.

Melody voltou o olhar para a sua irmã mais velha, que chorava por vê-la. Foi dito a Melody que Kia chorava rios depois do rapto ter acontecido. Culpabilizava-se de não ter feito nada, de não ter tomado conta da irmã melhor. Mas Melody reconfortou-a, disse que Desmond era um homem muito perturbado e que mesmo se a irmã fosse da CIA, ela teria sido raptada.

Neste tempo todo, Melody viu muita televisão e aprendeu muitas coisas novas.

Conviveu com a família, fez alguns novos amigos e matriculou-se na escola noturna.

Jefferson orgulha-se da sua namorada, prestes a tornar-se mulher.

Melody pôs-se à frente de Jefferson e a cerimónia começou. Eles nem sequer ouviam o padre propriamente. Estavam demasiado ocupados perdidos nos olhares um do outro. Estavam felizes. Melody finalmente estava feliz, coisa que pensava nunca ser capaz de acontecer.

Apesar de todas as marcas no corpo da mulher, Jefferson amou o corpo dela, idolatrou-o, beijou-o e respeitou-o mil vezes mais do que qualquer outro homem havia respeitado aquele mesmo corpo. As cicatrizes eram tantas e tão marcantes que Melody duvidava se algum dia seria capaz de se entregar a outro homem, mesmo tendo a certeza que o amor iria impedir tal homem de lhe fazer qualquer mal que fosse.

- Jefferson? - O padre pronunciou, tentando chamar a atenção do noivo que se encontrava hipnotizado no olhar de Melody.

- Sim? -Ele perguntou, virando para o padre e apercebendo-se por fim de onde estava e daquilo que estava a fazer.

- Repita depois de mim.. Eu, Jefferson White, recebo-te Melody Barker, como minha legítima esposa.. - O padre possuía uma voz grave que ecoava pelos ouvidos de todos os presentes na pequena cerimónia e levava lágrimas aos olhares dos mais sensíveis.

- Eu, Jefferson White, recebo-te Melody Barker, como minha legítima esposa e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe.. -Jeff nem necessitou da ajuda do padre na declaração dos votos visto que já os havia memorizado. Melody já tinha as lágrimas nos olhos e a sua voz pronunciava as mesmas palavras de forma trêmula e com pequenas falhas.

Ela não acreditava na felicidade que a acompanhava naquela altura.

Ela não acreditava que tivera uma segunda oportunidade na vida de perceber o que é ser normal.

Ela não acreditava no que estava a acontecer.

Eles trocaram as alianças, aceitaram um ao outro como marido e mulher, beijaram-se em frente à multidão e caminharam calmamente pelo corredor enfeitado com flores enquanto os convidados lançavam pétalas de rosas e bagos de arroz para cima de ambos. Eles saíram e foram diretamente para a limusina. O automóvel levou-os diretamente ao aeroporto, preparando-os para a sua longa e aproveitadora lua-de-mel.

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Digam-me as vossas opiniões sinceras sobre o livro, espero que tenham ficado satisfeitos com o final, penso que se eu a matasse seria mais dramático mas também muita gente me começaria a chamar nomes e ficava chateada por eu ter acabado a história de tal maneira xD

Espero que tenham gostado, fiz este casamento para vocês haha

É a primeira cena de casamento que eu faço, não sabia muito bem o que fazer na parte dos votos :/

Ficou assim.

Mais uma vez, muito obrigada por todo o apoio e todos os comentários, amo-vos.

Obrigada.

«Tortura»Where stories live. Discover now