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Grávida. Ela me disse que estava grávida.
Não que eu estivesse insatisfeito com essa notícia, era até emocionante, já que eu nunca pensei que justamente Marcella fosse me dar um filho. Ela não era o tipo de mulher que queria engravidar.
Então eu comecei a pensar se não tinha nada de errado. Ela não teria sido tão descuidada, e a desculpa de que contraceptivos não são 100% eficazes era clichê demais.
Mas isso mudava as coisas, porque Marcella não ficaria em Chicago e eu não iria ficar longe do meu filho.
Massageei as têmporas, encostando na minha cadeira enquanto pensava numa maneira de lidar com os homens da Colombo e o caos que eles estavam instaurando no meu território.
Estava a ponto de entregar essa merda toda ao Theo e ele que se virasse pra limpar Chicago das pessoas que se rebelaram.
Peguei meu celular, e enviei uma mensagem para Massimo para que me encontrasse no meu escritório.
Ele não demorou a chegar, ainda estava mal-humorado desde a reunião em Rockford. Se esgueirou até a mesa de bebidas e se serviu com uma dose de uísque.
— Do que você precisa? — Perguntou, antes de beber um gole.
Eu o analisei por um momento, enquanto ele estava atento a mim, me encarando com curiosidade. Massimo bebeu o restante do uísque e se serviu com mais uma dose. Então ele se aproximou e se sentou na cadeira a frente da minha mesa.
— Eu vou aceitar a proposta da Marcella. Começar outra organização, em Newport.
Ele assentiu lentamente, e bebeu mais u gole de uísque.
— Está esperando que eu te dê os parabéns? — Indagou. — Nunca pensei que você realmente se movesse a bocetas.
Engoli em seco, recostando na minha cadeira confortável.
Sei que eu havia prometido algo a ele, mas eu só prometi porque Massimo havia mentido pra mim, e no momento em que a máscara dele caiu, eu não o devia mais nada.
— Não espero parabéns e nem tapinhas nas costas.— Respondi.
Massimo soltou uma risada sarcástica, balançando a cabeça.
— Ah, é uma pena, Matteo. Eu já estava praticando meus discursos de felicitações. Mas, claro, não precisa de parabéns quando você já está tão habituado a se mover entre lençóis de seda.
— Se você mencionar a minha mulher como se ela fosse uma prostituta outra vez, Massimo, eu juro que vou encontrar uma maneira muito criativa de fazer você se arrepender profundamente.
Massimo arqueou uma sobrancelha, sua expressão de sarcasmo ainda presente.
— Oh, desculpe, Matteo. Não quis ofender a nobre dama. Afinal, todos nós sabemos que ela é uma dama de alta estirpe, digna de toda a reverência. A irmã do inimigo, uma Bianchi.
