As coisas pareciam de mal a pior.Eu realmente apoiei Theo com o caso com Naomi, no entanto, não pensei que esse caso traria consequências irreversíveis. Eu não estava a culpando, mas se ele tivesse sido sincero com Beatrice e feito as coisas conforme o coração dele mandava, ela não estaria morta.
Theo estava atrás de sua mesa, fumando um charuto e em cima da mesa ele tinha um copo de uísque.
Ele estava exausto, e ficar preocupada com meus irmãos me deixava mais agitada do que o comum.
Eu precisava falar com Theo, mas não sabia como começar essa conversa. Eu precisava pedir, mesmo que soubesse que ele estava lidando com tudo sozinho.
Cuidar do funeral de Beatrice e cuidar dos gêmeos que ainda estavam confusos com a perda da mãe, além dos problemas da Genovese.
Eu respirei fundo, tomando coragem e me aproximei da mesa dele.
— Ele também está sofrendo, Theo.... — falei — Quer dizer, ele deve ser o único que está sofrendo. Você só está.... cansado. Era a irmã dele.
Theo olhou para mim com uma expressão cansada nos olhos, e soltou uma baforada de fumaça do charuto. Seus ombros estavam tensos, e eu podia ver claramente o peso que ele estava carregando.
— Não entendo porque você se preocupa tanto. — ele disse com a voz mais suave que o normal.
As palavras de Theo pairaram no ar e pude ver o conflito em seus olhos. Respirei fundo, tentando encontrar as palavras certas para expressar minhas preocupações.
Ele sabia muito bem o porquê eu me preocupava. Não era mais segredo, desde que ele me expôs na frente dos nossos irmãos.
— Theo, eu me importo porque não posso deixar de me importar. Podemos estar em lados opostos desta guerra, mas isso não significa que devemos perder nossa humanidade — respondi, com a voz firme. — Matteo está de luto pela irmã e sei que ele é capaz de coisas terríveis, mas também é capaz de amar. Assim como nós.
— Essa é a minha decisão. Eu não quero ele no meu território, ele não virá ao funeral. — avisou, com firmeza. — Já bastou todo aquele show no hospital.
— Você pode por favor não ser o líder da Genovese dessa vez, e ser um marido de luto? E se eu tivesse casada com o inimigo, Theo, e acontecesse o mesmo comigo? Você não iria querer ir no meu funeral?
— Eu jamais permitiria que você casasse com o inimigo. Com ele especialmente, Marcella. Não venha com esse assunto de "e se fosse eu, Dante ou Luca." outra vez que não vai colar.
— E eu não estou te pedindo isso, droga.— minha paciência estava se esgotando, principalmente porque Theo havia tocado em um ponto sensível — só estou pedindo que você o deixe vir ao funeral da irmã dele.
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Proibido Desejo - 4
RomanceUma mulher apaixonada pelo inimigo e uma guerra a ser vencida. Marcella Bianchi precisa decidir entre a lealdade aos seus irmãos e o amor de sua vida. • Sinopse completa no sumário estendido no primeiro capítulo. ©