vinte e oito

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Eu poderia concordar com o plano de Marcella, mas eu não gostava do irmão dela não importava o que eles dissessem

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Eu poderia concordar com o plano de Marcella, mas eu não gostava do irmão dela não importava o que eles dissessem. Ele fez a minha irmã sofrer durante anos, e isso era o suficiente pra eu detestar aquele homem.

Não importava o que ele dissesse sobre Beatrice, que ela também tinha amantes. Ela não teria compartilhado suas frustrações comigo se realmente não estivesse sofrendo.

E eu ainda não tinha levantado bandeira, apesar de no último mês ele ter dado pausas nos ataques aos meus territórios.

Talvez eu devesse aproveitar essas pausas para fazer meus próprios ataques, já que Theo estava distraído com seu casamento com a amante na última semana.

Marcella ainda estava tentando me convencer a seguir em frente com seu plano de assumir Newport, o que era cômico já que ela ainda não tinha contado para o irmão dela.

Principalmente porque ela sempre contava tudo a ele.

Mas agora ela me convenceu de vir ver a obra da boate que ela estava construindo.

Marcella andou no espaço em construção do prédio, com um capacete para a proteção na cabeça.

Ela se virou na minha direção, com um sorriso expandindo em seus lábios.

— Está vendo, Matteo? Este será o coração pulsante da nossa operação em Newport. Uma boate e um cassino secreto, tudo em um só lugar. Imagine só as possibilidades... — Marcella falou com entusiasmo, seus olhos brilhando com a visão do futuro que ela estava criando. — Você gostaria de ver o desenho que Nicolo criou?

Eu revirei os olhos ao ouvir falar no nome do merdinha.

Não sei como Marcella poderia confiar tanto no garoto ou o que ele fez para conseguir a confiança dela tão facilmente.

E depois do que eu descobri, tudo o que eu queria era fechar meus dedos na garganta dele.

No entanto, eu assenti e a segui até um espaço que estava um caos, mas havia uma mesa no centro da sala, o que indicava que aquilo era um escritório.

Marcella parou por um momento, seu olhar ficando distante. Ela estava ficando pálida, e um fio de suor escorreu em sua têmpora.

— Qual o problema? — Perguntei, me aproximando dela e apoiei a mão em sua cintura. —  Tá tudo bem?

Ela piscou algumas vezes, como se estivesse tentando se recompor, e então respirou fundo antes de responder:

— Sim, sim, estou bem. Só um momento de tontura. Deve ser o cansaço. — Ela forçou um sorriso, mas seus olhos ainda pareciam preocupados.

Eu sabia que Marcella não era do tipo de pessoa que admitia fraqueza facilmente, então decidi não pressioná-la mais sobre o assunto naquele momento.

Ela pegou um conjunto de planta arquitetônica, estendendo sobre a mesa e começou a me explicar sobre cada centímetro do que Nicolo tinha planejado para a boate.

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