onze

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Eu estava prestes a ter um surto

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Eu estava prestes a ter um surto. Theo agia como se ele fosse dono do mundo, como se ele fosse meu dono.

Eu mal demonstrei quando ele me arrastou para fora do Velvet. Mas dentro de mim borbulhava em raiva.

Eu me mantive em silêncio durante todo o caminho até sua casa. Uma grande exigência, que eu ficasse debaixo do teto dele, porque Theo não confiava em mim. A mesma história desde que ele descobriu sobre meu caso com Matteo. E agora, meu irmão mais velho que sempre confiou em mim, me encarava como se eu fosse uma traidora, o que se intensificou depois de ele ter me encontrado na boate de Matteo.

Theo estacionou o carro, seu olhar se voltou pra mim, e eu sentia o peso da sua desaprovação ao meu lado. Mas ele se manteve em silêncio.

Meu irmão desceu do carro e deu a volta para o meu lado. Com um gesto brusco, ele abriu a porta e me fez sair, pegando em meu braço como se eu fosse sua filha.

Eu tinha trinta anos, e meu irmão estava me arrastando como se eu tivesse dezesseis.

Meu coração pulou em raiva. Eu odiava que ele tivesse me tratando assim, como se eu fosse capaz de trai-lo; como se eu fosse o inimigo.

Minha garganta secou, prestes a protestar, mas antes que eu fizesse, a BMW de Dante foi estacionada logo em seguida.

Ele saiu do carro, batendo a porta com força e parou em nossa frente me olhando como se fosse alguém com direito de me julgar.

Agora eu tinha dois dos meus irmãos me olhando como se eu pudesse enfiar uma faca neles em qualquer momento.

— Que porra você pensa que está fazendo, Marcella? — Dante perguntou.

Eu jamais abaixaria a cabeça para qualquer um deles. Cresci no meio de três irmãos, sabia muito bem como cada um deles funcionava.

Theo sempre havia sido o mais impulsivo e impaciente, Dante era o mais descontraído e muito mais fácil de lidar, enquanto Luca sempre foi mais na dele.

Dante franziu a testa.

— Vocês não sabem como eu estou na merda no meio disso tudo. Eu fui até lá pra fazer Matteo acabar com isso, pra ele deixar Naomi ir em paz.

— Não seja ingênua, Marcella. Matteo não a sequestrou pra deixa-la ir embora tão facilmente sem obter nada em troca. — Theo respondeu.

Eu olhei pra ele, com firmeza.

— Eu não estou sendo ingênua. Eu ofereci algo.

— O quê? — Dante insistiu.

Theo apertou suavemente meu braço, ele estava tentando não me machucar e pelo seu olhar, eu tinha certeza de que ele estava se segurando muito.

— Você não faz trocas em meu nome, Marcella. Eu sou o capo, eu decido quando e o que trocar?

— Ela está esperando um filho seu, porra. — gritei — Eu fui até lá me sacrificar. Era simples. Ele me colocaria no lugar de Naomi.

Proibido Desejo - 4Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon