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Eu ainda mantinha Matteo sob minha vista, e o manteria até que ele chegasse na saída do meu território.
Selecionei alguns homens para deixar de guarda na fronteira da cidade até que pudéssemos reforçar a segurança de Lansing e Nello não tivesse nenhuma consciência de como eram as coisas.
Eu mantinha minhas mãos bem presas ao volante, tentando não demonstrar como a presença de Matteo aqui não me afetava.
Eu estacionei o carro e olhei para o homem ao meu lado. Ele precisou ficar vinte e quatro horas preso comigo até que todos os seus homens deixassem o meu território, incluindo Diego. Foram as vinte e quatro horas mais tensas da minha vida em três meses.
Nosso acordo era que eu o soltaria apenas depois disso, o que culminava em traição direta ao meu irmão, já que o certo era eu entregar Matteo diretamente para ele e Theo lidaria com ele da forma que desejasse.
Mas eu ainda não conseguia, ainda era difícil pra mim fazer qualquer coisa contra ele. Isso fazia de mim uma fraca.
Ele era a porra do rival, e eu não conseguia fazer nada pra me livrar dele.
Ele olhou para mim, suavizando o olhar.
— Você deveria me matar, Marci. Outro Underboss ou capo teria me matado.
Tentei silenciar o que sentia, mas era praticamente impossível.
Coloquei minha mão sobre a dele.
— Considere isso um presente de casamento. Você não vai se casar em alguns meses?
— Você sabe bem com quem eu queria me casar.
Eu engoli em seco.
— Eu realmente não entendo essa necessidade que você tem de se casar. — respondi, olhando pra frente.
E nem dava para dar a desculpa sobre a aliança que eles estavam formando com os Arescos, até porque, um casamento comigo não resultaria em aliança alguma.
E eu teria me casado se fosse pra renovar a aliança desfeita e manter todos eles bem.
O problema era que eles queriam muito mais Chicago do que a mim e a uma aliança.
Estar no meio deles era desolador.
Eu não podia ajudar nenhum dos dois lados, e por mais que eu amasse Matteo e digo com propriedade que aqueles sentimentos voltaram com muito mais força quando eu o vi ontem, quando ele apareceu na minha frente.
Me fez lembrar de como ele fazia meu coração bater mais forte e mais perigoso.
Eu olhei pra ele, e seu rosto estava virado pra mim. Ele me encarou.
— Eu estava falando sério quando disse que senti sua falta, Marcella. — murmurou.
Eu me aproximei dele, colando nossas testas e fechei os olhos.
