The lovely boys are dead.

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(Parte XVII)

  
Os adoráveis garotos estão mortos.

   
・♥︎・

  
  

Eddie olhava analítico para a comida, como se estivesse no Master Chef e fosse um dos jurados, sem mais delongas deu uma garfada generosa, murmurando em agrado.

— Está bom? — Tozier indagou mesmo sabendo que sim, afinal, se havia um dom estranho que ele tinha e que quase ninguém sabia, era o de cozinhar.

— Uhum! – Concordou ainda mastigando, e assim que engoliu, completou: — Isso está uma delícia.

Aquilo fez Richie sorrir satisfeito consigo mesmo, o menu escolhido foi uma receita Viking antiga, chamada de: Far I Kat, no qual originalmente é feita com carne de cordeiro, contudo, podia adaptar para outras carnes vermelhas.

— Eu não disse que ia ficar bom? – Não evitou o convencimento, pois passou quase o processo todo com Eddie em seu ouvido dizendo que tudo acabaria em pizza.

— Não imaginava que comida Viking era tão gostosa assim.

— Nunca experimentou antes?

— Não, essa é minha primeira vez. — Limpou a boca com o lenço.

— Que honra estar presente! — Ironizou.

— Onde aprendeu a fazer? – Serviu-se de suco, e colocou para Richie também.

— Com a minha mãe, ela comeu em um restaurante medieval de Oslo, e acabou gostando tanto, que trouxe a receita pra casa, aí passou a fazer nas datas comemorativas tipo o Natal e também o dia da independência da Noruega, que por sinal, é o mais importante do ano, as comemorações duram o dia inteiro pelas ruas e em qualquer lugar, adotamos esse feriado para comemorar em casa também, e claro, eu ir encher a cara com meus amigos. — Piscou.

— Deve ser irado. — Eddie sorriu. — É igual ao quatro de julho aqui?

— Bem mais legal na minha opinião, porque a gente realmente vê o amor e devoção à independência lá nos cidadãos, e a esperança futuro, sabe? Eu não lembro bem como é estar comemorando o quatro de julho, mas sei que a história por trás disso não é tão bonitinha como os livros de história americana contam.

— Uau, alguém aqui está andando demais com Oliver Tennyson.

— É, acho que sim. — Lhe deu uma rápida olhada, não queria tocar naquele assunto, mas também queria que ele soubesse que: — Conhecimento nunca é demais, sabe? Você ter consciência do país que nasceu e vive, não te torna menos cidadão.

— Richie, eu sei. — Olhou para ele. — Eu sei sobre a história da América, e de tudo que os Estados Unidos representou e representa durante todos os períodos, e não me orgulho nem um pouco desse cenário político e sistema, patriotismo mesmo em mim apenas quando estou cantando National Anthem no chuveiro.

Isso fez com que os dois rissem juntos.

— E você tem um alguém específico em mente quando canta? — Nem soube porquê perguntou isso.

— Já tive, não tenho mais.

Tornou a comer, e Richie olhou para seu próprio prato.

— É, imagino. — Forçou um riso solto.

— Não, não imagina.

— Ah, sim, claro, não sei sobre nada, não falo, não ouço, não vejo.

Richie ironizou em relação ao acordo de silêncio que ele mesmo impôs a Eddie, e que agora havia se voltado contra ele.

THE LOVELY BOYSOnde as histórias ganham vida. Descobre agora