The superhero is dead.

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(Parte II)
  

O super-herói está morto.

  

  
・♥︎・

  
 
Oslo, Noruega.

 

Bip.”

O som de um click, seguido de um brilho fulgente, foi disparado contra meu rosto mórbido e cansado, quase me fazendo ficar cego outra vez, e tive de piscar algumas vezes.

— Nome? – Ouço a voz autoritária do oficial dizer através do microfone da cabine.

— Richard Wentworth Michaels Tozier. – Respondi sem muita vontade.

— O quê!? – Ele disse para eu falar mais alto, e eu revirei os olhos tendo que repetir tudo de novo.

— Idade?

— Dezenove, senhor. – Respondo mais alto dessa vez, mas não resisto à seriedade, dizendo em seguida: — E sou solteiro também-

— Sem brincadeiras aqui, garoto!

Censurou-me o oficial, em um tom nada amigável, ele tinha uma cara meio avermelhada naturalmente, o que lhe deixava mais intimidador, e além de um jeito de quem batia punheta para as amigas da esposa na página de Facebook delas.

Não contente em me calar, ele continuou:

— Está achando que isso aqui é o quê? Na sua situação, eu não ficaria com gracinhas, ainda mais sabendo que você e seus amiguinhos pau-moles ali estão bem ferrados!

Indicou a outra sala, onde meus amigos estavam detidos também, acabei me calando e fazendo um zíper na boca, e abrindo um sorrisinho para ele — do qual não me retribuiu — certamente sua vontade era de me jogar na primeira cela que ver, e ter o prazer de me assistir sendo fodido por pelo menos uns dez detentos sedentos por carne nova.

Assim que terminou de recolher minhas informações precisas, finalmente me liberou daquele pequeno compartimento cubido de talvez um metro ou dois quadrados, e me mandou esperar novamente no corredor, enquanto meu advogado, que por sinal, é meu padrasto, terminava de negociar minha liberdade na sala da delegada, realizando o pagamento da minha fiança e tentando convencê-la a não colocar meu nome da lista de criminosos, pois ele era importante demais, e certamente os meus responsáveis sairiam bem mais prejudicado que eu.

Certo, vamos nos situar melhor...

Estou na delegacia junto com meus melhores amigos: Benjamim Hanscom, Stanley Uris, e Gaten Stuart, desde às oito da manhã. O motivo? Simples, fomos parados em uma blitz há pouco menos de duas horas, quando já estávamos voltando para casa depois de uma madrugada divertida em um pub maneiro que eu descobri semana passada.

Encontraram algumad “coisinhas proibidas” no carro do Stu. Veja bem, drogas não são totalmente proibidas aqui, mas é preciso estar na quantidade certa para portar, e o que tínhamos daria tranquilamente para montar um narcotráfico! Certo, certo, estou exagerando, porém sim, estávamos acima do permitido, e a detenção não foi apenas por isso, e sim pela embriaguez no volante, então o carro dele foi apreendido, e nós viemos parar aqui. Que grande aventura! Se eu ainda estivesse estudando, certamente escreveria na minha redação de como foram as férias.

Todavia, quem realmente está mais fodido entre nós é o coitado do Stanley, era o único que não estava consumindo nada além de cerveja, e é óbvio que ninguém acreditou nele, afinal, diga-me com quem tu andas, e eu te direi quem tu és! E assim, o pobre judeu está aqui também, e provavelmente vai levar o castigo da vida dele. Não que eu esteja muito atrás, afinal, a essas horas tenho absoluta certeza de que minha mãe está querendo enfiar um dos tamancos dela inteiro no meu cu, porém ela tem um coração mole, e eu sabia contornar minha coroa, por isso, não estava tão preocupado assim.

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