33 | Loucura

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― Aqui, espero que goste

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― Aqui, espero que goste. Minha intuição disse que ia gostar. Peguei alguns bolinhos de chocolate, cafés e umas balas de morango também. ― me embolei, sentando-me na companhia da mulher a minha frente.

Escolhemos uma mesa quadrada no fundo do estabelecimento com dois sofás de cada lado. Assim que o nosso pedido ficou pronto, saí da fila onde eu me encontrava.

― Minha barriga agradece, maçãzinho. Realmente gosto de bolinhos de chocolate. Tudo que tem chocolate é o meu ponto fraco.

― Espera, me chamou do quê? Maçã?

― Maçãzinho, é um apelido que a sua amiga Yumi criou para você e eu fiz questão de te incomodar com ele.

― Devo gostar muito de maçãs?

― Não sabe o quanto!

― Bom, pelo menos isso sobre mim eu acertei. ― sorridente, puxei meu caderninho que era mais uma mini agenda, anotando para não esquecer que ela gostava mesmo de bolinhos de chocolate. ― Viu só? ― virei na primeira página depois que escrevi o aviso, mostrando a folha diferenciada a Elizabeth. ― Seu nome está aqui na frente.

― Isso é um pouco demais, não acha? ― seu tom era levemente preocupado. ― Não é como se você não fosse se lembrar de tudo uma hora.

― Eu sei, sei. Porém, assim que lembrar de tudo, quero ter isso como uma lembrança agradável.

Observei Rose erguendo as sobrancelhas bonitas, enquanto mordia seu bolinho recheado. Estava claro para mim que ela não queria continuar esse assunto, já que parecia que a afetava mais do que a mim que tinha perdido parte do que nós éramos, ou somos.

Tomei um gole do meu expresso, vendo-a fazer o mesmo com o seu. Era engraçado vê-la tentando focar em qualquer coisa que não fosse o meu rosto, mas não poderia julgá-la, pois havíamos acabado de voltar de um enterro e deveria ser uma barra muito pesada estar em um lugar com o namorado que mal lembrava da sua existência.

― Então... Somos namorados ou noivos por causa dos nossos anéis? ― perguntei, bebendo um pouco mais do meu líquido e no mesmo instante a morena engasgou com o seu, levantei apressado para afagar suas costas. ― Respire, acalme-se, Elizabeth.

― Estou bem. ― respirou fundo. ― Foi coisa momentânea.

― Mesmo?

― Aham, o café deve ter descido pelo lado errado.

― Me desculpe se pisei em ovos. ― voltei para o meu lugar, onde segurei sua mão sobre a mesa. ― Não quis ter ido tão direto ao ponto.

― Não achei que perguntaria isso logo de cara. E não, não somos noivos.

― Namorados, suponho?

― Isso mesmo, éramos, antes de tudo acontecer...

― Há muito tempo?

MEU DESEJO TENTADOR - livro 2 da série: Os AvellarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora