+16 | Uma mente completamente solitária com um coração cheio de bondade tenta deixar toda a tristeza do passado para trás, mesmo sabendo que é inevitável esquecer aquilo que o enfraqueceu.
Victor Avellar, além de ser perfeccionista em tudo o que faz...
"Porque garotas como você ficam como caras como eu Até o sol se pôr, quando eu chegar Eu preciso de uma garota como você, sim, sim".
Maroon 5 - Girls Like You
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Depois que Victor recebeu aquela mensagem no seu celular, voltamos às pressas para casa dele. Fiquei contente por não ter que passar mais um segundo naquele lugar, foi tudo mais tão complicado do que eu pensei que seria que agradeci assim que voltamos para Nova York, levamos quase o dia todo para chegarmos e o céu estava até escurecido pela demora.
Não me dei ao trabalho de me despedir daquelas duas mulheres, não porque não queria, mas sim porque estava confusa demais para ter alguma aproximação agora. A única que eu deixei que me abraçasse foi Olívia, dela sim eu iria sentir falta.
― Quase o velho me mata com outra tacada na cabeça, sorte a minha é que ele foi bonzinho e aceitou o dinheiro. ― ele disse, lembrando do velhinho que o mesmo assaltou, porém pagou quando voltamos.
― Você poderia ter morrido quando fez aquilo. Fiquei desesperada.
― Se tivesse comido em casa...
― Na próxima eu como. ― rebati ao vê-lo entrando no seu condomínio sobre o assunto que ele já havia comentado no dia do ocorrido.
― Dá próxima vez? Espera, não vai ter próxima vez porque irei providenciar comprar um restaurante para você não passar fome. ― debochou com um ar divertido e quase acreditei.
― Não brinca, babaca.
― Então tenta sair de casa com fome da próxima vez.
― Não disse que não teria próxima vez?
― Viu só? Já ficou ciente.
Balancei a cabeça com um sorriso, enquanto ele estacionava o carro na sua vaga e logo subimos até o seu andar onde ele destrancou e abriu a porta com os olhos mantidos no celular. Victor não largou o aparelho desde que saímos da outra cidade e por mais que eu tentasse olhar com quem ele tanto falava, ele disfarçava não deixando eu ver. Não queria ser invasiva, mas aquilo estava começando a me incomodar.
Ao entrarmos no apartamento, a bola de pêlos branca voou no seu rosto, arranhando boa parte da sua bochecha esquerda. Me assustei por segundos, mas respirei normalmente quando o gato foi segurado com as duas mãos diante do seu rosto de Avellar que fazia uma cara feia para o bichano. Tranquei a porta atrás de nós, tirando meus sapatos os colocando no cantinho da saída, perto da pequena mesinha que ficava ao lado.
― Isso é jeito de me receber? Eu deixei comida para você, Eddie! ― falou irritado e eu ri quando o gato miou de volta parecendo reclamar. ― A culpa não é minha se você come por dois. Olha o tamanho dessa pança!
― A receptividade começou bem. ― alfinetei ao ver Eddie ainda querer arranhar o rosto do meu namorado que o afastou, antes de colocá-lo no chão.
