𝙆𝙞𝙢 𝙃𝙖 𝙀𝙪𝙣, uma jovem com um passado marcado por segredos e tragédias, muda para uma nova escola buscando um recomeço. A perda prematura de sua mãe aos dez anos deixou-a desamparada, confiando somente na presença amorosa de sua avó enquanto...
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AO VOLTAR PARA CASA DEPOIS da ida ao aeroporto, Ha Eun sentia o peso da solidão e da decepção pesando sobre seus ombros, enquanto caminhava pelo espaço vazio de seu apartamento. Seu coração partido clamava por algum tipo de conforto, e ela encontrou um refúgio temporário nos braços de seu irmão, que não questionou nada, apenas a ofereceu um abraço, preocupado. Ele sabia que havia alguma coisa errada, já que as coisas de Seo Jun não estavam mais lá.
Sentados no sofá da sala, Ha Eun desabafou sobre o término doloroso, suas palavras afogadas em soluços angustiados. Su Ho ouviu atentamente, oferecendo palavras de apoio e carinho, enquanto acariciava gentilmente os cabelos da irmã. Ele sabia o quanto aquilo havia sido difícil, e entendia completamente a decisão dela de deixá-lo seguir a vida.
Após compartilhar suas mágoas com o irmão, Ha Eun decidiu recolher-se em seu quarto, buscando refúgio em sua cama. O ambiente tranquilo do quarto oferecia uma sensação de segurança e familiaridade, mas ao deitar-se, seus olhos caíram sobre o moletom esquecido de Seo Jun, repousando sobre a cama como um lembrete doloroso de sua partida.
Ha Eun segurou o moletom entre seus dedos trêmulos, deixando-se envolver pelo aroma familiar que impregnava o tecido. Lágrimas silenciosas começaram a escorrer por seu rosto enquanto ela afundava no colchão macio, abraçando o moletom de Seo Jun com desespero. O cheiro reconfortante dele a envolveu, trazendo à tona lembranças dolorosas de momentos felizes compartilhados juntos.
Com o coração partido e a mente repleta de incertezas. Aconchegada no moletom de Seo Jun, ela se viu afundando ainda mais na tristeza, sem saber ao certo como seguir em frente.
***
No dia seguinte, a Kim se encontrava presa em casa, imersa em um estado de apatia profunda. Enquanto seu irmão, Su Ho, permanecia no hospital cuidando de seu pai, ela se via sozinha, envolta em um turbilhão de pensamentos sombrios e lembranças dolorosas.
O silêncio opressivo do apartamento era interrompido apenas pelo som abafado dos passos solitários de Ha Eun enquanto ela vagava sem rumo pela casa.
Foi então que uma batida na porta quebrou a monotonia, arrancando-a de seu estado de letargia. Ha Eun hesitou por um momento antes de se levantar, sua curiosidade despertada pela visita inesperada. Ao abrir a porta, deparou-se com Min Ho, segurando uma sacola de compras e um sorriso gentil nos lábios.
— Min Ho? — Ha Eun murmurou, surpresa. — O que você está fazendo aqui?
O Cha ergueu a sacola em sua direção com um sorriso travesso.
— Trouxe um ótimo remédio para um coração partido — disse ele, exibindo um pote de sorvete na sacola com um gesto teatral.
Ha Eun não pôde deixar de sorrir, grata diante da tentativa de Min Ho de animá-la.
