𝙆𝙞𝙢 𝙃𝙖 𝙀𝙪𝙣, uma jovem com um passado marcado por segredos e tragédias, muda para uma nova escola buscando um recomeço. A perda prematura de sua mãe aos dez anos deixou-a desamparada, confiando somente na presença amorosa de sua avó enquanto...
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A MANHÃ ERA ENVOLTA EM UMA bruma de nervosismo e expectativa quando Kim Ha Eun chegou a Escola Saebom. Seu coração martelava no peito, uma mistura de ansiedade e determinação a acompanhava enquanto ela ajustava a alça da mochila nos ombros.
Aquele era bem mais do que um simples recomeço; era uma promessa feita a si mesma, um compromisso consigo de jamais permitir ser subjugada ou humilhada novamente. A oportunidade de começar em um local onde seu nome era apenas um entre tantos desconhecidos era uma dádiva, uma chance de se reescrever sem as amarras do passado. Ha Eun carregava consigo não apenas livros e expectativas, mas uma promessa silenciosa de nunca mais se curvar diante da injustiça ou da crueldade alheia.
Os estudantes pareciam fluir como um rio agitado ao redor dela, cada um imerso em suas conversas animadas e risadas estridentes. Ha Eun sentiu-se repentinamente pequena, quase invisível no mar de rostos desconhecidos. Estava prestes a adentrar um território desconhecido.
Com passos hesitantes, ela avançou em direção ao prédio principal, sua expressão uma mistura de determinação e apreensão. Cada passo parecia uma eternidade, mas Ha Eun estava determinada a enfrentar essa mudança, a começar de novo, a encontrar seu lugar nesse novo mundo que se desdobrava diante dela.
Os passos leves de Ha Eun ecoavam pelo lado de fora da escola, enquanto ela se encaminhava para entrar, seu olhar distante mergulhado em pensamentos sobre os desafios que a aguardavam naquele novo ambiente. O rugido repentino de um motor interrompeu sua contemplação. Tão imersa em seus devaneios, ela não percebeu a aproximação rápida da moto.
O coração dela pulou no peito quando a moto parou bruscamente à sua frente. A surpresa foi tão intensa que Ha Eun perdeu o equilíbrio e acabou sentada no chão, a mão sobre o coração acelerado.
— Está bêbada? — inquiriu o condutor, ainda com o capacete, enquanto tirava-o e o pendurava na moto antes de começar a adentrar os portões da escola.
Ha Eun engoliu em seco, sentindo a raiva e a vergonha se misturarem dentro dela enquanto vários olhares a encaravam. A indignação pulsava em suas veias, incitando-a a se erguer com determinação. Ela se levantou rapidamente, apressando os passos para dentro da escola. Seus olhos já fixos no intruso, que cumprimentava um amigo.
— Aí! — ela exclamou, seus passos rápidos ecoando no corredor movimentado.
Os olhares curiosos dos estudantes que cercavam a cena se fixavam em Han Seo Jun, cada movimento seu sendo observado com uma curiosidade mal disfarçada.
— Quem você pensa que é para chegar assim, me assustar e nem ao menos pedir desculpas? — ela perguntou, com um misto de indignação e ousadia na voz.
Seo Jun, já alguns passos à frente, virou-se, uma expressão de surpresa mesclada com tédio adornava seus traços.
— O quê? — soltou uma leve risada nasal, parecendo mais intrigado do que surpreso.
